Mostra Contraponto apresenta um recorte da Coleção Sérgio Carvalho

Por Redação e Assessorias
Foto Divulgação

Até o dia ​25 de fevereiro de 2018, na Galeria 2 do Museu Nacional da República, acontece a a exposição Contraponto. Com curadoria da historiadora Tereza de Arruda, a mostra traz obras da Coleção de Sérgio Carvalho, advogado, residente em Brasília desde 1970. O acervo é composto por mais de mais de 1.900 obras de 164 artistas brasileiros, tendo como ponto de partida não somente a obra de arte em si, mas, sobretudo, seus autores. As obras são dos artistas: Antônio Obá, Berna Reale, Bruno Vilela, Camila Soato, César Meneghetti, Daniel Murgel, Delson Uchôa, Elder Rocha, Emmanuel Nassar, Fábio Baroli, Fábio Magalhães, Flávia Junqueira, Flávio Cerqueira, Floriano Romano, Gil Vicente, Gisele Camargo, Grupo EmpreZa, Hildebrando de Castro, James Kudo, João Angelini, José rufino, Laura Gorski, Lucia Koch, Manoel Veiga, Marcelo Silveira, Milton Marques, Nelson Leirner, Renato Valle, Rochelle Costi, Rodrigo Braga, Sofia Borges, Thais Helt e Tony Camargo.

“Depois que me interesso por uma obra, procuro conhecer quem a fez. Raras as obras que eu não conheço, pessoalmente, o autor. Interessa o contato com o artista e o seu particular universo – real e poético. Esse modo de agir me fez, em verdade, colecionar amigos” – diz. “Procuro adquirir um acervo significativo de cada um dos artistas que integram a coleção. Interessa a trajetória artística e seus naturais desdobramentos. Daí a possibilidade da realização de simultâneas exposições individuais” – resume​ Sérgio​.

​O processo se iniciou no final da década de 90 em Brasília. A partir daí, a atuação e a pesquisa de Sérgio se expandiram pelo território nacional, dando origem a um dos acervos mais significativos de artes plásticas no País. O acervo é configurado a partir de um processo introspectivo desenvolvido com cada um dos artistas. As visitas aos ateliers e exposições, reforçadas por conversas intensas e informais, desencadeiam uma relação única formada por respeito, compreensão, engajamento e cumplicidade.

A aquisição da obra de arte não é o final de um processo, porém o início de um intenso diálogo, em ordem progressiva, de Sérgio com os artistas, suas obras entre si e, por fim, dos artistas entre si. Aliás, o seu aprofundamento no universo artístico ocorre por conexões desencadeadas pelos próprios artistas.

O colecionismo em âmbito privado não basta para Sérgio. Seu desejo é dar visibilidade aos artistas e tornar público, de modo definitivo, o seu acervo.

Neste contexto, a partir de 2014, foram realizadas cinco exposições em instituições públicas: Duplo Olhar, com curadoria de Denise Mattar, no Paço das Artes – USP, em São Paulo (2014); Vértice, mostra itinerante com curadoria de Marília Panitz, Marisa Mokarzel e Polyanna Morgana, realizada no Museu Nacional dos Correios, em Brasília, e nos Centros Culturais dos Correios do Rio de Janeiro e de São Paulo (2015/2016); e Cantata, com curadoria de Denise Mattar, no Centro Cultural Minas Tênis Clube, em Belo Horizonte (2016).

A mostra Contraponto apresenta um recorte da Coleção Sérgio Carvalho priorizando seus contrapontos, diante de sua diversidade e subjetividade.

Desde o início da coleção, houve a preocupação na aquisição de um conjunto significativo de obras de um mesmo artista, a conduzir o expectador à transformação na produção de cada artífice. Isto é uma prova do diálogo, cumplicidade e relacionamento progressivo e consequente com os criadores em seu percurso. Em face dessa particularidade e à necessidade em atender à demanda da produção das artes plásticas — certo que raramente um artista, de carreira consolidada ou em consolidação, tem a oportunidade de apresentar uma mostra individual em um museu, a curadoria optou por trazer ao público uma coletiva de individuais.

O resultado evidenciará diversos contrapontos que se complementam, enfatizando a pluralidade de técnicas e de linguagens, além da democracia estética: na história da arte contemporânea, nunca houve barreiras tão flexíveis, como na atualidade, propiciando atuações interdisciplinares, compondo-se, a mostra, de pinturas, fotografias, esculturas, vídeos, instalações, desenhos e performances. Em suas obras, os artistas relatam ora questões pessoais de seu microcosmo, temáticas que os norteiam em seu cotidiano, ora questões globais. O censo crítico e irônico se faz presente com muita sutileza nas obras dos artistas participantes​.

​Dica:
Exposição Contraponto​ -​ do acervo de Sérgio Carvalho
​Até ​dia 25 de fevereiro de 2018. De terça-feira a domingo, das 9h às 18h
Local: Galeria 2 do Museu Nacional da República
Entrada franca

DEIXE SEU COMENTÁRIO

Please enter your comment!
Please enter your name here