Aos 50 anos, Catedral de Brasília ganha banho de conservação

Por Hédio Ferreira / Agência Brasília
Foto: Acácio Pinheiro

Mais de 24 mil litros d’água e o empenho de oito homens, parte deles especialista em rapel, foram empenhados na lavagem dos vitrais da Catedral Metropolitana de Brasília. Um dos símbolos postais mais visitados da cidade, a igreja projetada por Oscar Niemeyer completou 50 anos em 2020 e é mais um dos edifícios monumentais que passam por um processo de limpeza das suas estruturas. A ação do GDF Presente, programa de conservação e manutenção do Governo do Distrito Federal, foi finalizada nesta quarta-feira(9).

A última lavagem dos vitrais foi feita no segundo semestre de 2019, em uma iniciativa da própria Cúria Metropolitana de Brasília. A limpeza interna da estrutura foi necessária depois que um pássaro se alojou no interior da igreja. Consequentemente, a parte externa também acabou por ser lavada, mas a sujeira se acumulou em razão da poeira do período prolongado de seca e mais de cem dias sem chuvas.

“Já lavamos as estruturas de Teatro Nacional, Museu do Índio, Casa do Cantador e Museu da República. Nos próximos dias decidiremos qual será o próximo”Alexandro César, coordenador do Polo Adjacente I

Administradora regional do Plano Piloto, Ilka Teodoro lembra que Brasília tem a maior área urbana tombada do mundo, com arquitetura inovadora, de forma que cuidar do conjunto urbanístico é um dos principais compromissos da atual gestão. “Essa força-tarefa para limpeza dos monumentos no Plano Piloto, por meio do GDF Presente, contribui com a preservação dos espaços e equipamentos tombados e torna a nossa cidade mais bonita para a população, além de atraente para o turismo”, destaca.

Brasiliense e pároco da Catedral há cinco anos, Padre Firmino, de 47, conta que mesmo na pandemia de Covid-19 a igreja localizada na Esplanada dos Ministérios continua muito procurada e visitada. “E tê-la bela e limpa é uma renovação de ânimo para todos nós. Além do mais, a equipe da lavagem foi muito cuidadosa com a estrutura de vidro”, garante.

Projetados pela arquiteta francesa Marianne Peretti, os vitrais em cores da igreja possuem extensão de 2 mil metros quadrados erguidos sobre dezesseis colunas de concreto – estruturas que convergem em um círculo central. Inaugurada em 31 de maio de 1970, o monumento foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em 19 de novembro de 1991.

Coordenador do Polo Adjacente I – que atende à região do Plano Piloto por meio do GDF Presente –, Alexandro César informa que mais um prédio monumental de Brasília será lavado em breve. “Já lavamos as estruturas do Teatro Nacional, do Museu do Índio, da Casa do Cantador e do Museu da República, que foi lavado e pintado. Nos próximos dias decidiremos qual será o próximo.”