Da Redação
Foto: Divulgação
No dia 24 de março Steve McQueen completaria 91 anos. E para comemorar, o Centro Cultural Banco do Brasil Brasília inaugura uma série de atividades on-line, de 16 a 22 de março, dentro da mostra Steve McQueen – The king of cool. O evento analisa a trajetória de um dos principais fenômenos da indústria cinematográfica de todos os tempos, influenciando uma leva de atores e também artistas da música e da animação. Sob curadoria do jornalista, crítico e diretor de cinema Mario Abbade e produção da BLG Entretenimento, a mostra contará com produções, entre filmes e documentários, sobre o astro. Será uma forma de lembrar o imenso legado do ator, já que no ano passado não foi possível comemorar seus 90 anos com a mostra. Serão exibidos os filmes com recursos de acessibilidade: “A Bolha Assassina” e “Fugindo do Inferno”, além de uma Live com o crítico Ricardo Largman e a Aula Magna Steve McQueen – O Arquétipo do anti-herói de poucas palavras. Todas as atividades serão gratuitas e o projeto é patrocinado pelo Banco do Brasil. A mostra passa também pelos CCBBs Rio de Janeiro e São Paulo. Com a futura retomada das atividades presenciais do CCBB Brasília, a programação completa será divulgada.
Apelidado de ‘The king of cool’ (em português seria algo como ‘rei dos descolados’), Steve McQueen (24/03/1930 – 07/11/1980) é lembrado por seus personagens icônicos e seu estilo único. O ator ficou marcado por papéis de anti-heróis no cinema, como o ladrão de luxo Thomas Crown, o policial Frank Bullitt e o jogador de poker Cincinnati Kid. Desta forma, virou uma espécie de símbolo da contracultura nos Estados Unidos, em oposição aos mocinhos tradicionais do cinema. O talento de McQueen, porém, não se limitava a atuar: ele foi um grande ícone da moda masculina que influenciou milhões de homens ao longo de décadas.
Segundo o curador, a mostra Steve McQueen – The king of cool serve tanto ao estudo da arte cênica quanto à análise de um fenômeno da cultura. “O ator faz parte de uma linhagem de nomes que constituem marcos da arte dramática, e é preciso que a sua filmografia seja observada e analisada sob essa perspectiva”, avalia Mário Abbade. Nomes do cinema como Colin Farrell, Kevin Costner, Pierce Brosnan e Bruce Willis o apontam como herói e inspiração para se tornarem atores. A lista de citações sobre McQueen vai longe: inclui o longa de Quentin Tarantino ”Era uma Vez em Hollywood”, a animação “Os Simpsons” e o seriado “House”. O ator foi citado em listas de importantes revistas como a Premiere e a Empire como uma das maiores estrelas do cinema de todos os tempos. “McQueen era um ícone tão forte que se sentiu à vontade para dizer não a diretores como Coppola, Spielberg e Milos Forman, recusando convites milionários e papéis com que outros profissionais sonhavam, como os de Apocalypse Now e Um estranho no ninho”, diz Abbade.
O reflexo da influência de Steve McQueen na cultura também pode ser medido no mundo da música. Os Rolling Stones falam dele em “Star star”. Sheryl Crow compôs a canção “Steve McQueen” homenageando o ator. Outra letra em tributo ao king of cool, que também leva seu nome, é a da banda Drive-By Truckers, que anuncia o que ele significou para muita gente: “Quando eu era menino, eu queria crescer para ser Steve McQueen”, diz a letra. McQueen também é citado em músicas de artistas consagrados como Leonard Cohen, R.E.M., Beastie Boys, Blur, Boy George e Elton John, entre muitos outros, e deu nome a um disco da banda Prefab Sprout. Pegando carona na área musical, a mostra garimpou as músicas dos filmes estrelados pelo astro em uma playlist no app spotify (link de acesso: encurtador.com.br/bosIL).
PROGRAMAÇÃO ON LINE
16 a 22 de março
Proporcionar ao público uma maior proximidade com o ícone Steve McQueen é uma das premissas da mostra que terá as seguintes atividades de forma virtual: aula magna com o tema “Steve McQueen – O Arquétipo do Anti-Herói de Poucas Palavras”, com o curador Mario Abbade e o ator Eriberto Leão; e a exibição de dois filmes com recursos de acessibilidade: audiodescrição, legenda descritiva e interpretação em Libras, com acesso gratuito pela plataforma Wurlak.com. A programação contará também com live mediada por Abbade e playlist com as trilhas sonoras dos filmes estrelados por McQueen.
FILMES COM RECURSOS DE ACESSIBILIDADE: A BOLHA ASSASSINA E FUGINDO DO INFERNO
16 a 22 de março, às 13h.
“A bolha assassina”, primeiro trabalho de Steve McQueen no cinema, e “Fugindo do inferno”, um dos filmes mais famosos do ator, serão disponibilizados na plataforma de streaming Wurlak com os 3 recursos de acessibilidade juntos: Interpretação em Libras, Legenda Descritiva e Audiodescrição. O acesso é gratuito via plataforma Wurlak.com.
Os interessados deverão se cadastrar, sem custo, para poder conferir os filmes.
OBS.: Aqueles que optarem por assistir via smartphone ou tablet, o recomendado é que faça download do aplicativo do serviço de streaming, que está disponível nas versões para IOS e Android.
A bolha assassina (The blob), de Irvin S. Yeaworth Jr. e Russell S. Doughten Jr. (1958) 86 min
Sinopse: Quando um enorme meteoro cai na terra, o jovem Steve Andrews resolve ver o que aconteceu e descobre que no local da queda está crescendo uma substância gosmenta e rosa. Logo, pessoas começam a desaparecer e a única explicação possível é a bolha rosada assassina, que está sugando a vida de indivíduos para se alimentar, só que ao relatar o ocorrido ninguém além da namorada de Steve acredita nele.
Fugindo do inferno (The great escape), de John Sturges (1963) 172 min
Sinopse: Em 1943 os nazistas decidem transferir os prisioneiros de guerra militares, que têm maior incidência em tentativas de fugas, para o mesmo campo, que foi projetado para impedir qualquer tipo de evasão. Mas isto foi um erro, pois apesar dos prisioneiros gozarem de certos privilégios, cada um era o melhor na sua “especialidade” e não pretendiam ficar presos até o final da guerra. Logo idealizam um audacioso plano de fuga, que previa a construção de três túneis, mas a idéia não era retirar do campo alguns prisioneiros mas sim duzentos e cinqüenta. “Big X” Bartlett é um soldado britânico que habilmente elabora todo o plano. Ele é auxiliado por Danny Willinski, um polonês que é especialista em fazer trincheiras. Há também dois americanos: Hendley, que tem talento para roubar, e Hilts, que tem um jeito rebelde, além de ter ideias próprias de como fugir e ser um recordista na tentativa de fugas. Há ainda Blythe, um mestre na falsificação. A ideia de fazerem três túneis é que se um deles for descoberto os outros ainda servirão para a evasão. Além da fuga propriamente dita há um esquema para, após saírem do campo, chegarem até a Inglaterra ou qualquer outro país neutro.
LIVE
Dia 17/03, às 19h, com o crítico de cinema Ricardo Largman
*A live será mediada pelo curador Mario Abbade e acontecerá pelas redes sociais do CCBB.
AULA MAGNA: STEVE MCQUEEN – O ARQUÉTIPO DO ANTI-HERÓI DE POUCAS PALAVRAS
Dia 20/03, às 14h.
Inscrições gratuitas na plataforma Sympla, com transmissão via Zoom. Vagas limitadas. Duração 120 minutos. Aos participantes será oferecido certificado.
A atividade, ministrada pelo curador Mario Abbade em parceria com o ator Eriberto Leão, tem como proposta abordar os diferentes métodos de interpretação. Por meio de exercícios teóricos e práticos, o aluno poderá descobrir e vivenciar essas escolas de pensamento sobre a arte de atuar.
Dica:
Mostra Steve McQueen – The king of cool – Programação online
De 16 a 22 de março – no formato on line
Local: Plataformas Zoom e Wurlak e redes sociais do CCBB
Classificação indicativa: Confira na programação da mostra
Entrada gratuita
Ingressos: acesso gratuito via plataforma Wurlak.com e demais canais, conforme programação
Mais informações: 3108-7600 ou pelo e-mail ccbbdf@bb.com.br