Hoje é Dia do Cinema Brasileiro. Prepare a pipoca para maratonar neste fim de semana

Da Redação
Foto: Divulgação

Hoje, 19 de junho, é comemorado o Dia do Cinema Brasileiro. A data é uma homenagem ao dia em que o ítalo-brasileiro Afonso Segreto, o primeiro cinegrafista e diretor do país, registrou as primeiras imagens em movimento no território brasileiro, em 1898. Basicamente, Afonso Segreto fez imagens da entrada da baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, a bordo do navio francês Brésil – a primeira filmagem em território nacional. Os fãs assíduos da sétima arte, sobretudo da produção nacional, vão poder celebrar a data com os diversos filmes nacionais disponíveis nas plataformas de streaming. Confira as dicas de algumas produções para maratonar neste fim de semana.

– Aquarius
Clara (Sônia Braga) é a única moradora do antigo prédio “Aquarius”, localizado na orla da praia de Boa Viagem, em Recife. Há décadas vive no edifício, que foi o cenário para tantas memórias afetivas de sua trajetória. Sua relação com o lugar, porém, começa a ser ameaçada pela especulação imobiliária. Ao redor, todos os apartamentos já foram comprados, menos o dela. A personagem principal passa a receber ofertas frequentes do engenheiro Diego (Humberto Carrão) para se mudar, mas ela resiste. Dirigido por Kleber Mendonça Filho, o longa-metragem mostra a tensão entre o excessivo investimento de imóveis e a luta pela manutenção da história da cidade.
Onde: na Netflix

– Minha Mãe É Uma Peça
Dona Hermínia (Paulo Gustavo) é uma mulher superprotetora com seus filhos já adultos, Marcelina (Mariana Xavier) e Juliano (Rodrigo Pandolfo). Divorciada do ex-marido (Herson Capri), a personagem convive diariamente com os problemas que o matrimônio trouxe. Um dia, ela descobre que seus filhos pensam que seu jeito hiperativo é um incômodo. Por isso, sai de casa sem avisar a ninguém. Em uma busca cômica pelo retorno da mulher ao lar, o enredo foca nas subjetividades presentes na família. Dirigido por André Pellenz, “Minha Mãe É Uma Peça” é um filme baseado na peça homônima escrita e estrelada pelo ator Paulo Gustavo. A adaptação já conta com outras duas continuações.
Onde: no Telecine Play e na Globoplay

– Flores Raras
A década é 1950. No período, Juscelino Kubitscheck prometia o desenvolvimento industrial do país. A atual capital de Brasília começava a ser construída. No meio dessa revolução tecnológica, surgia também a Bossa Nova e seus grandes nomes, como Tom Jobim, João Gilberto e Vinícius de Moraes. Entre tantas novidades no cenário brasileiro, o filme “Flores Raras” conta a história de amor entre a poetisa americana Elizabeth Bishop (Miranda Otto) e a arquiteta Lota de Macedo Soares (Glória Pires). Dirigido por Bruno Barreto, o longa-metragem mostra a trajetória real das duas mulheres que se apaixonaram no Rio de Janeiro.
Onde: na Amazon Prime Video

– Que Horas Ela Volta?
Quantas mulheres trabalham longas horas como empregada doméstica em casas de classe média alta? Quantas delas deixaram seus filhos no interior, enquanto tentam a estabilidade financeira na capital? Apenas no título, “Que Horas Ela Volta?” já evoca uma imagem recorrente. Val (Regina Casé) sai de Pernambuco para São Paulo com o objetivo de trabalhar e deixa a filha, Jéssica (Camila Márdila), com o avô. Anos depois, a jovem tenta fazer o vestibular no mesmo lugar que a mãe mora. Em uma tentativa de recuperar a relação distante, as duas convivem no lar dos empregadores de Val. Mas a convivência gera atritos.
Onde: na Globoplay

– Verônica
Verônica (Andréa Beltrão) é uma professora de escola pública no Rio de Janeiro. Em determinado dia, percebe que a família de um aluno, Leandro (Matheus de Sá), não foi buscá-lo depois da aula. Ela decide levá-lo para a casa, mas, ao chegar no local, percebe que os pais do menino foram assassinados por traficantes. Com direção de Maurício Freitas, o filme de suspense e ação mostra a aventura da mulher que tenta proteger a criança, que está sendo perseguida por traficantes e também por policiais.
Onde: na Amazon Prime e no Look

– Entre Nós
A viagem de um grupo de sete amigos era para ter sido só uma diversão. Jovens, eles carregavam grandes ideais para o futuro que ainda estava por vir. Por isso, resolvem escrever cartas para a posterioridade, com o objetivo de imaginar como eles estariam anos depois. Esse sentimento inocente, porém, acaba repentinamente, com a morte de um dos integrantes durante a viagem. Com histórias marcadas pela dor, os personagens resolvem se encontrar após uma década para lerem os textos. Dirigido por Paulo Morelli e por Pedro Morelli, o filme traz uma narrativa simples para situações densas.
Onde: na Globoplay

– Elis
Elis Regina foi uma das mais importantes cantoras da Bossa Nova, estilo que surgiu em meados da década de 1950. Intérprete de músicas internacionalmente famosas, como “O Bêbado e o Equilibrista”, “Como Nossos Pais” e “Águas de Março”, sua voz é aclamada até hoke. A obra biográfica da artista, dirigida por Hugo Prata, ganha vida com a interpretação de Andreia Horta. O longa-metragem retrata a vida de Elis a partir do início da sua carreira, aos 18 anos, quando se muda para o Rio de Janeiro. Perpassa sua profissão, a ascensão na música, a fama e a vida pessoal até o momento de sua morte, em 1982.
Onde: na Telecine Play e na Globoplay

– Como Nossos Pais
Dirigido por Laís Bodanzky, “Como Nossos Pais” é uma demonstração dos tantos conflitos que famílias enfrentam. Rosa (Maria Ribeiro), que é filha de Clarice (Clarisse Abujamra) e Homero (Jorge Mautner), não tem uma relação estável com seus pais. Os dois são intelectuais divorciados, que tem ideias progressistas e livres. Enquanto isso, Rosa é conservadora e vive uma vida sem emoções. A infelicidade que carrega por causa de seu cotidiano não é o único problema: o casamento com Dado (Paulo Vilhena) enfrenta adversidades por causa do crescimento das duas filhas. O filme mostra as frustrações de uma mulher que não teve suas idealizações de juventude concretizadas.
Onde: na Netflix

– O Barato de Iacanga
O Festival de Águas Claras foi um evento musical que teve quatro edições entre as décadas de 1970 e 1980. Conhecido como o “Woodstock brasileiro”, aconteceu em uma fazenda de Iacanga, no interior de São Paulo. Diversos nomes da música brasileira participaram, como Os Mutantes, Alceu Valença, Luiz Gonzaga e João Gilberto. Esse movimento cultural está registrado no documentário “O Barato de Iacana”, disponível na Netflix. Apesar do pouco material que resta da época, o longa-metragem conta com entrevistas e outros recursos para trazer uma perspectiva histórica do festival.
Onde: na Netflix

– O Homem do Futuro
Protagonizado por Wagner Moura e Alinne Moraes, “O Homem do Futuro” é uma típica comédia romântica. O personagem João é um físico que dirige um grande projeto científico brasileiro. Mas os traumas que aconteceram há 20 anos, após a traição de sua ex-namorada, Helena, o tornaram uma pessoa difícil. A partir da construção de uma máquina do tempo, tenta voltar ao passado para mudar os fatos que aconteceram. Dirigido por Cláudio Torres, o filme está disponível na Netflix.
Onde: na Netflix