Por Victor Fuzeira, da Agência Brasília
Foto: Tony Oliveira
O Jardim Botânico de Brasília (JBB) alcançou a classificação mais alta na categorização entre jardins botânicos do país, recebendo a categoria A. Para obter esse status, o JBB teve que atender a critérios técnicos que levam em consideração a infraestrutura, qualificação do corpo técnico e de pesquisadores, os objetivos, a localização e a especialização operacional.
A categorização das unidades é realizada a cada dois anos por uma comissão formada por servidores do Jardim Botânico do Rio de Janeiro em conjunto com o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA). Esta avaliação é fundamentada na Resolução nº 339, de setembro de 2003, do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).
A norma estabelece, no mínimo, 16 requisitos para que um jardim botânico receba a mais alta categorização disponível, entre os quais se destacam a presença de um quadro técnico-científico compatível com as atividades, a publicação regular em revista científica, o desenvolvimento de programas voltados para a conservação e preservação de espécies e a oferta de apoio em cooperação com unidades de conservação.
Há também critérios estruturais. Segundo o Conama, é preciso que a unidade tenha uma biblioteca especializada, bancos de germoplasma, além de um herbário próprio, cuja instalação passou por readequações no JBB e está prestes a ser aberta à população.
“É uma questão de complexidade: quanto mais complexa a instituição, ou seja, quanto mais serviços ela oferece para a sociedade, maior é a categoria que ela atinge. É uma categoria que temos conseguido manter ao longo dos anos”, enfatiza a diretora de Vegetação e Flora, Priscila Oliveira.
A diretora afirma que a conquista valoriza o trabalho dos servidores e o investimento do Governo do Distrito Federal (GDF) no Jardim Botânico de Brasília. “É um reconhecimento também ao investimento que a diretoria tem feito em manter esses trabalhos que realizamos aqui. É um reconhecimento da necessidade e importância do que fazemos aqui”, prossegue.
“Existe uma missão nossa de conservação do Cerrado. Toda pesquisa que desenvolvemos é pensada para produzir dados e resultados que melhorem tanto o conhecimento do bioma quanto a sua preservação”, complementa.