Rastro Festival de Cinema Documentário ganha primeira edição gratuita com filmes do mundo todo

Da Redação
Foto: Divulgação

O Rastro – Festival de Cinema Documentário ganha sua primeira edição de 24 a 28 de junho. A ideia surgiu do ensejo de criar uma janela anual para apreciação e discussão do documentário em Brasília. O projeto também foca no aprofundamento de questões pertinentes ao fazer documental, ação que desperta crescente interesse de realizadores em todo o mundo e consequentemente prescinde da necessidade de promoção da formação de público, cada vez mais ávido pela vertente documental do Cinema.

O  Rastro – Festival de Cinema Documentário foi idealizado pela Três Produz, formada por Bethania Maia, Rafaella Rezende e Renata Schelb. Durante a preparação da primeira edição do festival, uma urgência global se colocou frente aos planos. Em tempos de pandemia do Covid-19, o isolamento social se fez necessário e impediu os encontros em uma sala de cinema e as fundamentais discussões após a sessão. Para manter o espírito de festival, a tríade de produtoras teve o desafio de repensar o formato para manter o compromisso de vir ao mundo do Rastro e se firmar como evento do calendário oficial de Festivais de cinema da cidade.

“Devido aos acontecimentos atuais, entendemos que o rastro tinha que se adaptar. Buscamos alternativas, cogitamos adiar, mas foi unânime a decisão da direção do Festival em seguir com o formato online, para que mantivéssemos nosso plano de acontecer anualmente em Brasília. Com essa nova perspectiva, entendemos que o alcance e a curiosidade do público será muito importante, além de aumentar consideravelmente nosso alcance. Apesar de tristes por não ter esta edição no Cine Brasília, entendemos a necessidade e responsabilidade de continuar a levar filmes para a casa do público e ficamos muito animadas com esse novo formato desafiador”. Conta Renata Schelb.

A primeira edição do festival voa pelas asas da internet com sessões competitivas de longas e curtas-metragens, três mostras paralelas, duas oficinas, uma masterclass e conversas, a serem realizadas nas redes sociais do Festival, além das playlists exclusivas que prepararão o clima das sessões.

O primeiro Rastro – Festival de Cinema Documentário também levará parte da programação para as telas de cinema assim que a OMS e o Ministério da Saúde permitirem a reabertura das salas. Serão realizadas sessões em alguns locais do DF, em especial naquelas cidades com instituições de ensino que integram o audiovisual em sua ementa.

“O Rastro tem o desejo de deixar marcas, reverberar, expandir-se através do encontro com cada pessoa que tenha acesso à programação”, convida Rafaella Rezende. “Construímos o rastro levando em consideração questões que julgamos serem de extrema relevância no cenário de festivais de cinema, como por exemplo, espaços para jovens curadores e exibição de filmes que possam promover discussões e reflexões políticas. O festival, ainda que em sua primeira edição, já se apresenta como uma janela de exibição capaz de conduzir o público por narrativas urgentes e plurais. Além de ações de capacitação, como as oficinas e os próprios debates que ocorrerão dentro da programação.” Completa Rafaella Rezende.

Em sua estreia, o Rastro alcançou ampla visibilidade constatada no número e abrangência global das inscrições. A seleção final, no entanto, demonstra a potência e urgência do cinema nacional contemporâneo.

“A pandemia alterou uma construção que já era experimental. A curadoria foi composta por duas convidadas e dois selecionades a partir de edital que vislumbrou contemplar pessoas em início de carreira nesta área. A apreciação dos mais de oitocentos filmes inscritos foram apenas parte de um processo profundo e coletivo. Tivemos a sorte de contar com mentes grandiosas e corações gigantescos para essa concepção.” Diz Bethania Maia.

A primeira edição do Rastro – Festival de Cinema Documentário homenageia a professora Dácia Ibiapina, cineasta piauiense, radicada em Brasília, com uma trajetória incrível que soma de forma considerável para a produção do nosso Cinema nacional.

“[…]Todo ser humano afeta e é afetado por vários coletivos. Uma pessoa é ela, suas crenças, seus medos, sua coragem, seu tempo. Meu cinema é político. Acho um erro fazer cara de paisagem para as questões políticas. A omissão pode parecer confortável, mas pode ser decisiva contra você mesmo. Tome partido, tome tento, tome coragem.” Escreveu Dácia Ibiapina. Assim o Rastro propõe afetos, discussões políticas e discussões de nós mesmos, assim como Dácia.

A programação e sinopses completas dos filmes estarão disponíveis no site www.festivalrastro.com

Dica:
Rastro – Festival de Cinema Documentário
De 24 a 28 de junho
Site: www.festivalrastro.com
Instagram: @festivalrastro
Facebook: https://www.facebook.com/festivalrastro/