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CAIXA Cultural recebe obras do artista chinês Mzyellow

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Da Redação
Foto: Divulgação

A CAIXA Cultural Brasília recebe, a partir da próxima quarta-feira (11), a exposição internacional Mzyellow: Uma Sinfonia em Quatro Movimentos. A mostra gratuita celebra os 50 anos de relações diplomáticas entre o Brasil e a China, comemorados em 2024, e fica em cartaz até 3 de novembro.

Com curadoria de Clay D´Paula, especialista brasileiro em arte contemporânea chinesa, a exposição reúne interpretações e impressões visuais de Mzyellow influenciadas pelas enormes transformações em curso na China.

O público vai poder apreciar uma coleção distinta, algumas em grande formato, criadas nos últimos 10 anos por um dos artistas mais dinâmicos e prolíficos da atualidade. Mzyellow pinta com gestos viscerais, criando imagens abstratas que dialogam com as tradições milenares da caligrafia e da tinta sobre papel de arroz.

Ao mesmo tempo em que domina com maestria técnicas chinesas milenares, Mz também faz uso de elementos ocidentais, como tinta acrílica, verniz, corantes e telas. O artista propõe uma sobreposição poética entre Oriente e Ocidente, convidando o público a pensar sobre as confluências e os embates culturais entre civilizações.

Uma sinfonia em quatro movimentos:

Ao invés de organizar o percurso da visita de modo cronológico ou temático, o curador optou por agrupar as obras em torno de alegorias associadas ao ciclo do dia. São quatro momentos, relacionados a quatro movimentos, como em uma sinfonia.

O primeiro sopro do dia e o nascer do sol trazem obras marcadas pela economia de traços e cores. Obras com mais cor e vivacidade ecoam o decorrer do dia, no segundo movimento. No entardecer, associado às telas do terceiro momento, pinceladas ainda mais potentes e vívidas preparam a atmosfera para as gotas de orvalho. No quarto e último momento, em meio à escuridão da noite, as pinturas passam por uma grande metamorfose. “A pintura de Mzyellow é levada ao extremo, chegando ao máximo da sua potência gestual e abstrata”, elucida o curador.

A delicadeza do papel de arroz:

Percorrer as salas da exposição é acompanhar, de forma fluida, os gestos do artista. É praticamente sentir o cheiro da tinta, que parece ter sido aplicada naquele instante no papel de arroz –na China chamado de Xuan. “A frescura e a sensação de tinta recém-aplicada sobre o papel ocorrem porque o Xuan é um suporte de extrema delicadeza, capaz de absorver com precisão as pinceladas, e junto com elas, os sentimentos e questões do artista”, diz Clay.

A cena artística na China de hoje:

Nascido em 1957, e residente em Suzhou, a uma hora de carro de Xangai, a cidade mais populosa da China, Mzyellow acompanhou a guinada econômica global em seu país e sua obra foi impactada por ela.

Suas pinceladas velozes e potentes são, de certa forma, reflexos da China atual. Nos últimos 30 anos, o país saltou de uma nação empobrecida para a segunda maior economia do planeta, rumo à liderança mundial. A velocidade desse crescimento econômico e em infraestrutura, com poucos precedentes na história, impactou a cena artística chinesa.

Antes da pandemia de Covid-19, cerca de 100 instituições de arte estavam sendo erguidas anualmente na China. Algumas delas administradas pelo próprio governo, outras por empresas privadas. Embora algumas dessas organizações ainda não estejam com as portas abertas para o público em geral, elas contribuem para a propagação da arte chinesa em nível global, por meio de exposições de artistas do país e de fora.

Exposição livre de Carbono:

Para a exposição Mzyellow: Uma Sinfonia em Quatro movimentos, a empresa Greenline Carbonsat compensou todas as emissões de CO2-e. Para isso, utilizou-se de créditos de carbono gerados por projetos próprios, no território brasileiro, de preservação florestal desenvolvidos pela empresa. Os projetos seguem a Metodologia Greensat, a qual garante a compensação ambiental eficaz e alinhada com as práticas de sustentabilidade.

A compensação de carbono para a exposição faz do evento o primeiro no campo das artes visuais, no Centro-Oeste, a exibir o selo verde de carbono free (carbono livre). A mostra conta com o patrocínio da CAIXA e CTG Brasil,via Lei Rouanet, pelo Ministério da Cultura.

Dica:

[Artes Visuais] MZ YELLOW – Uma sinfonia em quatro movimentos
Local: CAIXA Cultural Brasília. SBS Quadra 4 Lotes 3 e 4
Abertura: 10 de setembro, às 19h
Visitação: de 11 de setembro a 3 de novembro, das 9h às 21h (sexta a domingo)
Entrada gratuita
Classificação indicativa: Livre
Instagram: @caixaculturalbrasilia

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