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Festival Dulcina retorna à cena teatral de Brasília

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Da Redação
Foto: Divulgação

O Festival Dulcina vai movimentar a cena teatral da capital federal com 16 espetáculos durante 11 dias. São montagens cênicas que dão uma amostra do que está sendo feito nos palcos do Ceará, Bahia, Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Goiânia e Brasília. Nesta edição, uma convidada especial estará presente na programação do festival: a dramaturga, encenadora, atriz e performer Denise Stocklos, considerada uma das mais importantes artistas no cenário brasileiro e que vai apresentar a peça “Abjeto Sujeito”, onde apresenta a sua visão sobre a escritora Clarice Lispector e também realiza uma roda de conversa sobre o processo criativo do espetáculo.

A curadoria do projeto, que conta com o patrocínio do Fundo de Apoio à Cultura da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do DF, ficou a cargo da atriz e roteirista Eliana César e do ator e diretor André Amaro, que tiveram o desafio de selecionar 13 peças, entre as 204 inscritas, além dos 3 grupos convidados (Abjeto Sujeito, Outra História de Amor e Volver a Letícia). A proposta da dupla, que se formou pela Fundação Brasileira de Teatro, foi retomar o encontro ao vivo, valorizando interpretações ao mesmo tempo sensíveis e vigorosas. “Procuramos valorizar o retorno ao corpo, ao presencial, onde a proximidade entre artistas e público, trouxesse de volta a experiência mágica, que só o teatro faz acontecer”, afirma Amaro.   “Teatro é vida pulsando, é transfusão de emoção do palco à plateia e vice-versa; os conceitos podem mudar, mas no teatro revelamos o que existe de essencial no ser humano.” complementa Eliana.

Para o diretor geral do Festival, Cleber Lopes, o número de inscritos surpreendeu e provou que mesmo durante a pandemia, com os teatros fechados, atores e produtores não pararam de criar. “O Festival será um momento de comemorar, por meio de produções de diferentes partes do país, o legado revolucionário de Dulcina e sua contribuição para o desenvolvimento da profissionalização artística no Brasil” afirma Cleber, que também foi aluno e professor da Faculdade Dulcina, e presidente do Conselho Curador da Fundação Brasileira de Teatro de 2017 a 2019.

DULCINA E O FESTIVAL

Dulcina de Moraes viveu toda a sua vida dedicada ao teatro. Nasceu em meio a uma turnê, em 1908, e foi batizada com o nome da avó, que também era atriz. Dulcina sempre enfatizou ter nascido no teatro. Estreou nos palcos ainda bebê, roubando a cena em um berço para não fugir aos olhos da mãe. Estreou profissionalmente, ainda adolescente. A partir daí foram inúmeras montagens, durante quase toda a vida (só na companhia Dulcina-Odilon foi uma centena ou mais que isso, segundo seu biógrafo e amigo Sérgio Viotti).

Dulcina só diminuiu seu ritmo nos palcos para a realização do que seria o seu maior legado: se mudou para Brasília em maio de 1972 para construir o prédio que abrigaria a nova sede da Fundação Brasileira de Teatro, fundada no Rio de Janeiro em 1954 e que até hoje batalha pela permanência de suas atividades. A instituição formou milhares de profissionais nas últimas décadas, entre artistas e arte educadores.

É em memória e reconhecimento ao legado de Dulcina de Moraes, que o Festival Dulcina celebra essa trajetória revolucionária e seu impacto na história do teatro brasileiro, no mercado da economia criativa e no processo de profissionalização de seus agentes. Comemoramos a 2ª edição deste evento com o trabalho dedicado e afetuoso de dezenas de profissionais engajados nessa grande e necessária homenagem — muitos formados pela escola de Dulcina.

EXPOSIÇÃO

Além dos espetáculos, o público poderá conferir a exposição “Acervo Dulcina: Parte I”, no mezanino da Praça Central do Espaço Cultural Renato Russo. Itens inéditos, até então guardados em baús centenários, poderão ser vistos de perto, desvendando um pouco deste ícone do teatro e da construção do complexo cultural encravado no coração de Brasília e que gera tanto fascínio e estranhamento.

Nos últimos meses, uma nova gestão assumiu a direção da FBT – Fundação Brasileira de Teatro, com uma missão: “abrir os arquivos para contar”, como afirma seu presidente atual, Gilberto Rios. Todo o material tem sido aberto, revelado, organizado e higienizado por uma equipe corajosa que entrou nos calabouços do prédio para garimpar o que poderia ser histórico, para que nada mais se perca com o tempo.  Parte desse acervo faz parte da exposição.

PROGRAMAÇÃO

EXPOSIÇÃO: “ACERVO DULCINA- Parte I”
Espaço Cultural Renato Russo- Mezanino da Praça Central
Dia 03/11/22- Das 19h às 21h
De 04 a 13/11/22- Das 10h às 21h

Dia 03/11/22 – quinta-feira
19h – Ramadança – Ricardo Guilherme (CE)*
Espaço Cultural Renato Russo – Praça Central
O autor explora contrastes que o imaginário popular do Nordeste do Brasil processou ao conceber danças dramáticas e autos. As falas traçam a genealogia dos líderes religiosos, ao mesmo tempo em que, em tom de oração, fazem exortações sobre a guerra e a paz. A personagem em cena é uma Rainha do Maracatu que se apresenta como uma espécie de Medéia africana, mãe primordial detentora do poder de vida e morte em relação aos seus filhos.
Duração: 35 minutos
Classificação indicativa: 14 anos

20h – Outra História de Amor – Humberto Pedrancini/Ruth Guimarães/Zé Regino (DF)
Espaço Cultural Renato Russo – Sala Marco Antônio Guimarães
A peça fala sobre a quebra de estigmas do envelhecer por meio de um casal de idosos juntos há 45 anos. O amor é complexo e suas várias camadas continuam a ser acessadas mesmo com o passar do tempo. Em Outra História de Amor, o casal vivido por Ruth Guimarães e Humberto Pedrancini se vê desbravando antigas e novas facetas da relação, desconstruindo e reconstruindo seus laços e mesmo com tanto tempo juntos, ainda se dão ao trabalho de investigar, dançar, questionar e – por quê não? – amar.  Embarque nessa narrativa escrita e dirigida por Zé Regino.
Duração: 64 minutos
Classificação indicativa: 14 anos

Dia 04/11/22 – sexta-feira
20h – Major Oliveira – Cia. Casamento Aberto (BA)
Espaço Cultural Renato Russo – Sala Marco Antônio Guimarães
Um Major abandonado no asilo pelos filhos logo após a instalação da Comissão da Verdade no Brasil e de como ele tenta encontrar o controle sobre a vida. Ao perceber que seu corpo, sua família e a política do país não são mais controlados por ele, se coloca em teste resolvendo perturbar a paz daqueles que o visitam na manhã de domingo, onde o espetáculo se passa.
Duração: 60 minutos
Classificação indicativa: 16 anos

20h – Outra História de Amor – Humberto Pedrancini/Ruth Guimarães/Zé Regino (DF)
Espaço Semente – Gama

21h – Caio do Céu – Companhia de Solos & Bem Acompanhados (RS)
Espaço Cultural Renato Russo – Teatro Galpão Hugo Rodas
Impossível ler Caio Fernando Abreu sem enxergá-lo, sem senti-lo. Caio do Céu transpõe seu universo para o palco através de crônicas, cartas, contos, poemas, textos teatrais, depoimentos, músicas e imagens. Traz para a cena o próprio artista, por meio de vídeos, com trechos de suas entrevistas. O roteiro, assinado por Deborah Finocchiaro, com colaboração do diretor Luís Artur Nunes, prioriza parte da obra que valoriza a vida em todos os seus aspectos, apresentando também uma face pouco conhecida do autor: um homem vibrante e solar, que se revela desperto para o milagre da existência diante da iminência da morte.
Duração: 60 minutos
Classificação indicativa: 14 anos

Dia 05/11/22 – Sábado
19h – Roda de Conversa com Denise Stoklos (SP)*
Tema: Teatro Essencial e o processo criativo do espetáculo Abjeto Sujeito
Espaço Cultural Renato Russo – Sala Marco Antônio Guimarães
*Entrada Franca (retirada de ingressos a partir das 17h na bilheteria do espaço)

21h – Que Mundo Deixaremos Para Keith? – Íntima Companhia de Teatro (RJ)
Espaço Cultural Renato Russo – Teatro Galpão Hugo Rodas
Duas figuras transitam entre os escombros de uma velha escola em ruínas. O prédio em que se encontram está prestes a ser demolido. Diante da iminente destruição desse passado, símbolo da construção de identidades, se dá um processo de resgate de memórias e experiências entre o que foi vivido, o que foi negado, o esquecido, o quase. Enquanto a escola desaba por fora, essas memórias reconstroem o interior dos personagens. Reconstruindo a escola geográfica e afetivamente, reconstroem-se a si mesmos.
Duração: 60 minutos
Classificação indicativa: Livre

Dia 06/11/22 – Domingo
20h – Abjeto Sujeito – Denise Stoklos (SP)
Espaço Cultural Renato Russo – Teatro Galpão Hugo Rodas

CLARICE LISPECTOR POR DENISE STOKLOS

Há muitos anos, Denise Stoklos foi convidada por Fauzi Arap para criar um espetáculo a partir de textos de Clarice Lispector, de quem ela já era uma dedicada leitora desde os 17 anos. Um episódio particular já havia marcado a criadora do teatro essencial, no final da década de 1960.

Grande admiradora da escritora, Denise foi ao Rio de Janeiro e descobriu o endereço de Clarice na lista telefônica. Com a audácia da idade, ligou para ela de um telefone público embaixo do prédio. A própria Clarice atendeu a jovem universitária que lhe pedia uma entrevista e mandou que ela subisse. Feitas as primeiras perguntas, Clarice disparou: “Você não veio me entrevistar, você veio me conhecer, não é? Então, deixe de lado a caneta e o bloco de anotações e vamos conversar.” Do encontro, Denise guardou para sempre a imagem daquela mulher fascinante – ucraniana assim como ela.

Cerca de uma década depois, quando ouviu, na derradeira entrevista concedida à TV Cultura, a escritora dizer que jovens leitoras compreendiam melhor sua obra do que os especialistas, Denise se sentiu naturalmente incluída na referência.

Assustada com o desafio lançado por Fauzi Arap, a jovem atriz capitulou, mas, agora, aos 71 anos, Denise Stoklos promove o encontro do teatro essencial com a obra clariciana. Sem amarras e sem redes de segurança, como convém a uma artista que nunca fez do palco um lugar de teatralidades convencionais. O resultado é uma investigação radical a respeito de como o corpo, a voz e a emoção da intérprete expressam uma palavra literária empenhada em dizer o que, a todo momento, beira o indizível.

Denise entrevistou Clarice que entrevistou Elis que fascinou Clarice que fascinou Denise. Três mulheres ligadas pela corrente do destino artístico, da aventura da maternidade, do exercício político feito de sensibilidade e do cotidiano. Três mulheres-criadoras que, por força do tempo natural, não podem se encontrar agora, mas que estarão juntas durante 75 minutos, convivendo mutuamente, graças à ilusão vivificadora que o teatro contemporâneo ainda pode proporcionar.

Duração: 75 minutos
Classificação indicativa: 12 anos

Dia 07/11/22 – segunda-feira
20h – À Beira do Sol – Cia. Os Buriti (DF)*
Teatro SESC Newton Rossi – Ceilândia
O espetáculo conta uma história muito doida. Doida não no sentido de confusa, mas no sentido de inacreditável. Airan recebe um aviso: no momento em que o Sol se puser, ele não retornará mais. Nunca mais nesse mundo nascerá uma manhã. E com o aviso, uma missão: a de vigiar o Sol para que ele não se ponha.

A peça se inspira na temática da loucura para compor a sua dramaturgia e em personagens como Arthur Bispo do Rosário e o Profeta Gentileza, além dos relatos realizados pela doutora Nise da Silveira. Entre delírios e momentos de extrema lucidez, a história vai sendo contada e vivenciada.
Duração: 50 minutos
Classificação indicativa: Livre

*O espetáculo conta com Atividade Formativa: Mediação (antes das apresentações) e Roda de conversa (após as apresentações)

Dia 08/11/22 – terça-feira
14h e 16h00 – Nó na Garganta – Estupenda Trupe (DF)*
Teatro SESC Newton Rossi – Ceilândia
A montagem tem como tema principal o Bullying, com enfoque na violência física e verbal vivenciadas no âmbito escolar. Com dramaturgia criada a partir da coleta de depoimentos reais, foram levantadas questões — muitas vezes veladas — de pessoas que sofrem violência física ou moral repetidas vezes, em determinados núcleos sociais que excluem o diferente e as minorias. O problema não se restringe só à escola, mas também pode ocorrer em casa, no trabalho e na internet, o denominado Cyber Bullying.

Em cena estão personagens opressores e oprimidos e suas relações complexas. Somos todos luz e sombra! O ponto de partida do grupo para a montagem se deu por meio do ensino de teatro do oprimido em uma unidade de internação juvenil, onde as relações de opressão são mais latentes e a necessidade de se falar sobre esse tema também.
Duração: 40 minutos
Classificação indicativa: 12 anos

* O espetáculo conta com Atividade Formativa: Mediação (antes das apresentações) e Roda de conversa (após as apresentações)

Dia 09/11/22 – quarta-feira
12h30 e 17h – Caravana dos Delirantes – Teatro IESB (DF)
Praça Zumbi dos Palmares
O espetáculo apresenta uma trupe de artistas nada convencionais e atravessados por uma crise existencial que beira a sanidade mental. Nesse espetáculo colocamos as personagens em dois distintos universos: Bufonaria e Palhaçaria para ver em que lugares cada um deles deseja ficar: no trágico ou no humor. Acreditamos que o público irá se emocionar e, ao mesmo tempo, rir das situações construídas ao longo da história.
Duração: 70 minutos
Classificação indicativa: 12 anos

20h – Depois do Silêncio – Cia. Os Buriti (DF)
Teatro SESC Paula Autran – Taguatinga
Baseado em fatos reais, o espetáculo conta por meio do teatro-dança a história da menina surdocega Helen Keller, que perde a visão e audição com poucos anos de idade. Helen vive em um mundo totalmente apartado até a chegada da sua professora Anne Sullivan que começa a árdua tarefa de tentar ensinar a menina a se comunicar.

A montagem conta com três atrizes/dançarinas em cena. Camila Guerra e Naira Carneiro interpretam Anne Sullivan e Helen Keller, respectivamente, e Renata Rezende (atriz surda), traz ao palco um contexto atual e autobiográfico, criando um contundente diálogo paralelo entre as personagens de 1890 e os dias de hoje.
Duração: 60 minutos
Classificação indicativa: 12 anos

Dia 10/11/22 – quinta-feira
20h – Volver a Letícia – Túlio Guimarães/Alexandre Ribondi (DF)
Teatro SESC Paula Autran – Taguatinga
Fazer 35 anos de carreira sobre um palco é um grande presente. Mas falar de si e sua trajetória não é tarefa fácil. Como fazer? São tantas pessoas, tantos locais, tantos cúmplices, ensinamentos, aprendizados, sucessos, fracassos, mortes e ressurreições sucessivas, mas me uno a uma equipe muito competente para encarar esse desafio. Letícia, é a capital da Amazônia Colombiana onde meu avô foi Consul do Brasil, lá me descobri como gente. A peça perpassa por momentos que vão da minha infância até hoje, sem muito verbo, mas com muitas imagens que dizem tudo. Me sinto feliz em compartilhar com a plateia essa minha história até aqui, quem for ver o espetáculo, certamente vai se divertir, emocionar e conhecer melhor este operário da arte que sou.
Duração: 45 minutos
Classificação indicativa: Livre

Dia 11/11/22 – sexta-feira
19h – Encerramento do Amor – Cia. S.A.I. Setor de Áreas Isoladas (DF)
Espaço Cultural Renato Russo – Sala Marco Antônio Guimarães
O espetáculo é uma versão brasiliense do premiado texto francês Clôture de l’amour, do autor contemporâneo Pascal Rambert e leva ao palco, de forma crua, objetiva e inusitada, o fim de uma relação tendo o foco na potência do texto e na expressividade do elenco. Primeiro só ele fala. Depois apenas ela responde. Dirigida por Diego Bresani, a peça celebra os 15 anos de existência da Cia. S.A.I. (Setor de Áreas Isoladas), um dos grupos mais antigos em atividade no DF.
Duração: 100 minutos
Classificação indicativa: 14 anos

20h – A Mulher Monstro – S. E. M. Cia de Teatro (RN)
Espaço Cultural Renato Russo – Teatro Galpão Hugo Rodas
O espetáculo é uma colagem de declarações lamentáveis, polêmicas e verídicas. Foram partidas para a construção do texto opiniões das redes sociais, das ruas e as posturas de políticos e figuras públicas. A tragicomédia fala do desrespeito para além do preconceito. Trata a atualidade política e social do Brasil através da figura de uma burguesa, falsa cristã, perseguida pela própria visão intolerante da sociedade, sem saber lidar com a solidão e as suas relações num tempo de ódio e corrupções humanas vistas sem vergonha. Presa numa jaula acontece a transformação de um verdadeiro monstro.
Duração: 120 minutos
Classificação indicativa: 14 anos

Dia 12/11/22 – sábado
9h às 12h – Atividade Formativa – Workshop – Luiz Gama: Uma Voz Pela Liberdade – Prof. Ricardo Torres / Déo Garcez / Soraia Arnoni (RJ)*
Espaço Semente – Gama
*Inscrições em festivaldulcina.com.br – Vagas limitadas

19h – Sertãohamlet – Sertão Teatro Infinito Cia (GO)
Espaço Cultural Renato Russo – Sala Marco Antônio Guimarães
Resultado de uma longa vivência e extensa pesquisa no sertão do Cariri-CE, o espetáculo é a terceira obra de uma trilogia de solos intitulada Sertão, tendo como ponto de partida o personagem clássico “Hamlet” de Shakespeare e o mito de “Lampião”, o Virgulino Ferreira da Silva. Um personagem fictício e o outro real, mitos, que têm em comum a vingança, pois ambos tiveram o pai assassinado. A peça traz ainda pessoas do dia a dia e temas como a busca do amor perfeito, a violência doméstica e a religiosidade no sertão.
Duração: 85 minutos
Classificação indicativa: 16 anos

20h – Palácio do Fim – Cia Incomode-Te e Primeira Fila Produções (RS)
Espaço Cultural Renato Russo – Teatro Galpão Hugo Rodas
Um dos mais longos conflitos armados do nosso século, a ocupação norte-americana no Iraque é o ponto de partida da montagem. Escrita pela renomada e premiada dramaturga canadense Judith Thompson, retrata três visões sobre a Guerra do Iraque. Inspirado em histórias reais, apresenta uma reflexão humanista sobre as tênues fronteiras éticas, morais e políticas que envolvem uma guerra.

A autora conta a história de pessoas reais, seres que estão num mesmo jogo! Não há herói, nem bandido. Somente a realidade ácida de fatos verídicos praticados por seres humanos.
Duração: 85 minutos
Classificação indicativa: 14 anos

Dia 13/11/22 – domingo
20h00– Luiz Gama: Uma Voz Pela Liberdade – Prof. Ricardo Torres / Déo Garcez / Soraia Arnoni (RJ)
Espaço Cultural Renato Russo – Teatro Galpão Hugo Rodas
O espetáculo é uma biografia dramatizada sobre vida e obra de Luiz Gama, um homem brasileiro, negro, do século XIX, filho de Luiza Mahin (figura feminina histórica da luta abolicionista no Brasil). Na função de rábula, ele conquista sua carta de alforria e liberta gratuitamente mais de 500 escravos, baseado na Lei de 1831, que proibia o tráfico de pessoas escravizadas para o Brasil. É considerado também a primeira voz negra da literatura brasileira. Gama, em homenagens póstumas, foi oficialmente reconhecido como advogado pela OAB em 2015, e em 2018 foi nomeado por leis federais como o Patrono do Abolicionismo Brasileiro e inscrito no Livro dos Heróis da Pátria. No espetáculo, além de contar a vida desse brasileiro que foi intencionalmente apagado de nossa História, fazem-se comparações entre a situação dos negros à época e na situação atual, demonstrando que a verdadeira Abolição da Escravidão ainda não foi totalmente implementada no Brasil.
Duração: 60 minutos
Classificação indicativa: 12 anos

Dica:
Festival Dulcina
De 3 a 13 de novembro
Local: Espaço Cultural Renato Russo
Ingressos: R$20 (inteira) e R$10 (meia)
Ponto de venda: bilheteriadigital.com
Local:
Teatro SESC Paulo Autran – Taguatinga
Teatro SESC Newton Rossi – Ceilândia
Espaço Semente – Gama
Entrada gratuita
*Todos os espetáculos têm acessibilidade com tradução em libras e audiodescrição

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