Da Redação
Foto: Carlos Costa Studio
Já pensou num mundo sem música? É o que acontece quando uma caixinha mágica é quebrada. Para resolver este mistério, as crianças Mike, Flora e Luna encontram figuras encantadas, como o compositor Beethoven, que irão guiá-las pela Fabulosa Fábrica de Música e por um caminho em busca dos seus sonhos. Após temporadas de sucesso no Rio de Janeiro e em São Paulo, o espetáculo chega a Brasília para três únicas apresentações no Teatro Unip, nos dias 2 e 3 de março..
A aventura tem início quando três crianças, acidentalmente, quebram uma caixinha de música que esconde um poder mágico, o de trazer música ao mundo. O acidente, que silenciou todas ao redor do globo, aconteceu no Colégio Beethoven, onde a história se desenrola. Para restaurar o precioso objeto, melodia, ritmo e harmonia ganham vida humana e se unem às três crianças Flora, Mike e Luna nessa delicada e importante missão, cujo capitão da fabulosa jornada é o grande compositor Beethoven.
Com direção de Roberto Bomtempo, texto original de Adalberto Neto e direção musical de Roger Henri, autor de 19 das 37 canções que compõem a trilha sonora, o musical promete encantar crianças e adultos, por sua encenação que fala de diversidade, aceitação e amor.
Idealizado pelos produtores Gustavo Nunes e Rose Dalney, A Fabulosa Fábrica de Música tem no elenco as crianças Pietro Cheuen (novela Todas as Flores), Esther Samuel (The Voice Kids), e Manu Estevão (novela Vai na Fé e série Vicky e a Musa), além dos seis adultos Du Herrera, Vannessa Mello, Rômulo Weber, Carol Donato, Vitória Rodrigues e Rodrigo Fernando. Atores e cantores que interpretam ao vivo músicas compostas para o espetáculo e canções contemporâneas de Gilberto Gil, Melim e Gloria Groove entre outras. Composições de Beethoven, também estão na trilha do musical.
Um espetáculo para a família
Quem explica é o autor, Adalberto Neto (premiado com o sucesso teatral “Oboró – Masculinidades Negras”): “Como não tenho filhos, apesar de gostar muito de criança, fiz um trabalho para que os pequenos gostem, obviamente, mas também para os pais e os meus amigos solteiros, todos saiam de lá felizes. É um espetáculo para toda a família. Dentro de uma história lúdica, falo sobre os sonhos que não envelhecem, mostro que não existe criança incapaz. E que um lar em desarmonia reflete diretamente no desenvolvimento da criança. Então, além de lúdico, acaba sendo educativo para as crianças. É um espetáculo em que, acredito, os pais não vão ficar no celular se distraindo enquanto o filho assiste. Eles também vão gostar, e os adultos que não têm filhos, todos vão sair de lá contemplados.”
Os personagens e sua história
Beethoven (Du Herrera) – Um sábio bem-humorado que usa seu conhecimento musical como base para as analogias que faz sobre a vida. Tranquilo e racional na maior parte das vezes, mas, em momento de exaltação, pode ficar um pouco desastrado.
Flora (Manu Estevão) – Parece um pequeno adulto. Sensata, prática e de humor sarcástico. Sofre com as brigas e competição constantes dos pais separados.
Luna (Esther Samuel) – Pequenina, tem um jeito doce de falar. Depois da chegada do irmãozinho, anda meio triste por crer que já não tem mais a mesma importância para os pais.
Mike (Enzo Pacífico/ Pietro Cheuen) – Um pouco acelerado, fala atropelando as palavras. Faz amigos com facilidade e gosta de todos. Mas não aguenta seus primos implicantes, com quem vive desde que perdeu os pais. Gosta muito dos seus pais substitutos – o tio e seu marido.
Harmonia (Carol Donato) – A mais desconfiada entre os três elementos da música. Vaidosa, adorou virar gente e quer aproveitar tudo da nova vida. Adora aromas.
Melodia (Vitória Rodrigues) – A mais “de bem com a vida” entre os três elementos da música, e topa tudo. Adora sabores.
Ritmo (Rodrigo Fernando) – O mais dinâmico entre os três elementos da música, perde a paciência quando não consegue resolver as coisas. Adora cores.
Cléa (Vannessa Mello) – Diretora do Colégio Beethoven. Severa, mas amiga dos alunos. Perde a paciência com injustiças. Acalenta o sonho de ser cantora, mas acha que não conseguiria viver de música. Desde cedo, precisou trabalhar para ajudar em casa.
Eliseu (Rômulo Weber) – O “faz-tudo” do Colégio Beethoven. Uma espécie de mestre de cerimônias do musical. Competente e simpático, um pouco desorganizado, mas é alguém com que se pode contar.
A montagem
“Trabalhar com criança é diferente, requer cuidados diferentes dos de um elenco 100% adulto. Estamos lidando com crianças que estão chegando no mundo, isso traz uma responsabilidade maior para quem está na condução. Ao mesmo tempo em que você tem que colocá-los dentro do espetáculo, você tem que ensinar. Eu tenho que estar atento, porque o processo pode gerar uma ilusão muito grande. A primeira coisa que falei para as crianças, e para os seus pais, nas audições ainda, era que eu queria ‘crianças, crianças’. Deixei claro que íamos trabalhar com música, dança, teatro, com a arte, a paixão, mas que aquelas crianças seriam crianças.”, conta o diretor, Roberto Bomtempo.
A direção busca no elenco infantil o que mais os caracteriza como crianças, acreditando que sua alegria e ludicidade são seu aspecto mais precioso e único – algo que só elas têm para oferecer. Portanto, não há “miniadultos” em cena.
Roger Henri, diretor musical, também exalta a presença das crianças: “Fazer a direção musical de um espetáculo onde existe a participação de crianças cantando, representando e dançando é uma alegria, por vê-los tão focados e felizes em estarem fazendo o que gostam e com isso se preparando para suas carreiras no palco.”
O cenário de Glauco Bernardi é formado por plataformas e passarelas de alturas diferentes, explorando os vários planos e a circulação do elenco por eles. Os variados ambientes serão criados através de grandes painéis ilustrados com instrumentos musicais que remetem ora à Escola Beethoven, ora ao universo mágico da Fabulosa Fábrica de Música. A cenografia foi concebida para dialogar com a iluminação de Rogerio Wiltgen, utilizando materiais que refletem a luz, além de texturas e relevos que conferem maior profundidade aos painéis.
A criação do projeto
A Fabulosa Fábrica de Música nasceu do desejo de seus idealizadores, Gustavo Nunes e Rose Dalney, de explorar o impacto da música na vida do ser humano. A proposta é criar um espetáculo que possa unir adultos e crianças, tanto no palco, quanto na plateia. Para guiar essa jornada, ninguém melhor que Beethoven, o compositor alemão. Gustavo Nunes e Rose Dalney, que produzem juntos pela primeira vez, já criaram musicais de amplo alcance junto ao público adulto, como “Cássia Eller – musical” e “Musical Mamonas”, e agora buscam levar um musical de alta qualidade e diversão para o público infantil.
“Inicialmente, a proposta era trabalharmos apenas com elenco adulto. Mas, para aproximar ainda mais as crianças do espetáculo que estávamos criando, acreditamos que a melhor maneira seria inseri-las na encenação. Então abrimos audições, contemplando também elenco mirim”, pontua Gustavo. “A diversidade também foi um ponto visto com muita atenção neste projeto. Buscamos selecionar não só o elenco, como também toda a ficha técnica com esse olhar. Conseguimos agregar talentos incríveis e vamos levar um conteúdo muito rico e divertido para o público”, afirma Rose.
Dica:
A Fabulosa Fábrica de Música, O Musical
Dias 2 e 3 de março, sábado, às 19h e domingo, às 16h e às 19h
Local: Teatro UNIP (SGAS 913)
Não será permitida a entrada após o início do espetáculo
Ingressos: de R$ 19,90 (meia) a R$ 120 (inteira)
Ponto de venda: https://bileto.sympla.com.br/event/90696/d/238077
Classificação indicativa: Livre
Instagram: @teatrounip