Saiba porque o modo de preparo do café interfere no sabor da bebida

Da Redação
Foto: Fred Cintra

O café se tornou um dos grandes aliados do dia a dia do brasileiro. Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), a ingestão da bebida cresceu 1,34%, no Brasil, em 2020. A informação foi apresentada em março deste ano, destacando que o seu consumo foi o segundo maior da série histórica no país. Para acompanhar o lanche da tarde ou para iniciar a manhã com disposição, o café entrou no cardápio como uma bebida indispensável. Michelle Cintra, proprietária da cafeteria FSTA & Coffee, localizada na QI 11 do Lago Sul, explica a importância de apostar na diversidade dos métodos de preparação da bebida para obter uma experiência mais enriquecedora no momento da degustação.

“É comum que a gente opte pelo café coado quando estamos em casa. Contudo, hoje em dia, temos outras possibilidades para degustar essa bebida. Existem diferentes técnicas para gerar sabores variados. Dessa forma, a experiência fica ainda mais enriquecedora, afinal, é uma festa de sabores para o nosso paladar”, comenta.

Além do expresso comum, a casa optou por trazer três métodos interessantes para os clientes conhecerem as formas que o café pode assumir com a sua preparação, sendo eles: Hario V60, Prensa Francesa e Chemex.

O primeiro, Hario V60, é conhecido por ser um método japonês bastante utilizado. Por meio de um coador de cerâmica ou vidro, em formato espiral, a temperatura da água se mantém elevada e o fluxo da água se torna mais uniforme. O consumo é indicado para os fãs do café coado que desejam ressaltar notas sensoriais e aromáticas do grão.

Por remeter ao café feito em casa, ele se tornou o método mais pedido na cafeteria. Segundo Michelle, além de valorizar os atributos do café, há uma forte presença de aconchego e acolhimento no momento da degustação, tornando-o o queridinho dos clientes. “O resultado desse café é uma bebida que traz equilíbrio no corpo, amargor e doçura no ponto ideal. A textura se torna aveludada e harmônica. É um clássico que sempre tem espaço durante ou após uma refeição”, diz.

Já a Prensa Francesa conta com a infusão dos grãos em água quente. A ideia surgiu para manter a bebida com a temperatura elevada por mais tempo. Ao final, o café possui características intensas e densas, pois passa apenas pelo filtro do êmbolo de metal. “A prensa francesa tem singularidades clássicas que remetem aos métodos mais tradicionais e conhecidos para a extração do café. Há uma maior experiência sensorial dos óleos essenciais, de forma encorpada e adocicada. É um método delicado e muito procurado pela alta concentração de cafeína”, comenta.

Por fim – e não menos procurado -, o Chemex chama atenção pelo seu formato inusitado de ampulheta. Nesta técnica, é utilizado um filtro de papel com ampla ação. Antes de inserir o pó, é necessário colocar uma pequena quantidade de água quente para limpar os sabores externos do material. O método alemão foi desenvolvido em 1941 e mantém a temperatura ideal do café por mais tempo. “Por conta do corpo em jarra de vidro afunilado e o filtro de papel com quatro camadas, a bebida fica livre de oleosidade e apresenta um baixo amargor, com extração limpa e delicada”, pontua Michelle.

Essa característica é decorrente do papel utilizado, visto que uma camada é destinada para a sustentação do pó e, as demais, absorvem os óleos provenientes do café. “É uma bebida delicada para diferentes tipos de gostos. O resultado deste método é um café sem resíduos e que equilibra acidez, doçura e corpo”, complementa.

Dica:
FSTA & Coffee
SHIS QI 11, Bloco M, Loja 20 – Lago Sul  (atrás da Administração Regional do Lago Sul)
Instagram: @fstaecoffee