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Vai começar o Cena Contemporânea Festival Internacional de Teatro de Brasília em versão on-line

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Da Redação
Foto: Divulgação

O Cena Contemporânea em sua edição on-line, que acontece de 1º a 11 de dezembro, manteve algumas das características que o distinguem, como promover encontros, debates e oficinas abertos ao público, reunindo artistas, criadores, intelectuais, jornalistas. Já os Encontros do Cena promoverão oito mesas de reflexão sobre diferentes temas ligados ao universo das artes cênicas. E duas oficinas comporão a grade de atividades formativas.

Os encontros e oficinas serão realizados através da plataforma Zoom, transmitidos por meio do canal Youtube do Festival e enlaçadas no site do Cena Contemporânea. A proposta é, em tempos de distanciamento, aproximar a população dos artistas, criadores, produtores, pensadores, do Brasil e de outros países, tendo o Festival como plataforma unificadora. Para as oficinas, as vagas são limitadas e podem ser feitas até o próximo dia 24 de novembro em links específicos que estão sendo divulgados nas redes sociais do festival. Já os encontros e debates podem acolher até 100 participantes. Mas para garantir lugar, também será preciso fazer inscrição. Detalhes no site do festival e nas redes sociais do Cena.

Cena Contemporânea 2020 conta com patrocínio do Banco do Brasil e do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal. Apoio da Funarte e Iberescena, Embaixada da França, Embaixada da Espanha, com a colaboração da Embaixada da Argentina, Goethe-Institut, entidades da sociedade civil e dos próprios artistas.

Os Encontros do Cena – Espaço Internacional de Intercâmbio e Cooperação Cultural, em sua 10a. edição, propõem uma reflexão sobre a produção artística, estimulando o intercâmbio entre criadores, redes, festivais e instituições. Nesses tempos de insegurança para todo o setor das artes cênicas, reuniremos virtualmente artistas, estudiosos, pesquisadores, críticos e programadores de festivais e centros culturais de outras cidades e países para conversar sobre o futuro das artes cênicas e temas relacionados. Algumas das mesas contarão com tradução simultânea. Cada encontro terá duração de 1 hora e meia.

O Cena também promoverá debates vinculados a dois trabalhos apresentados no festival: “Cage Shuffle: a digital duet”, dos Estados Unidos, e “Birdie”, da Espanha. Cada debate contará com a presença de dois criadores da obra e terá um convidado especial como entrevistador, para conduzir a conversa. Os debates terão tradução simultânea e duração de 1 hora.

PROGRAMAÇÃO
03/12, quinta-feira – 17h às 18h30
Criação nos tempos do cólera
Lázaro Gabino (MX), Márcio Abreu (BR), Matias Umpierrez (Argentina), Fernando Yamamoto (BR), Giselle Rodriguez (BR), Francis Wilker (CE-DF)
Moderação: Valmir Santos (BR)
Debate sobre o exercício da criação de narrativas em tempos difíceis, num ambiente impactado pelas mudanças que, de forma inevitável, se apresentaram em decorrência do cenário pandêmico. Os críticos e criadores onvidados irão debater e apresentar possibilidades e cenários no campo das artes cênicas. Serão analisados temas como: Desafios e perspectivas da criação no cenário que atravessamos; Relação dos criadores e espaços de exibição de trabalhos; Possibilidades e desafios na relação com os públicos; Perspectivas e impactos no futuro da criação.

04/12, sexta-feira – 17h às 18h30
O desafio da curadoria e dos festivais
Carmem Romero (Stgo. a Mil – Chile), Guilherme Reis (Cena Contemporânea- DF), Cesc Casadesús (Grec Festival – Espanha), Fernando Zugno (Porto Alegre em Cena – Brasil), Celso Curi (Curador).
Moderação: Pedro de Freitas (Brasil)
Festivais e plataformas convidadas vão compartilhar como vêm lidando com o desafio de acompanhar programações e realizar curadoria de artes cênicas na virtualidade. Debate sobre as possibilidades e desafios na programação e gestão de festivais em tempos de distanciamento físico e social. Quais são as temáticas, as abordagens, as reflexões e os modelos que hoje fazem sentido neste contexto e como se dá a relação com os artistas e obras. Temas abordados: Desafios e perspectivas da criação no cenário que atravessamos; Relação dos criadores e espaços de exibição de trabalhos; Possibilidades e desafios na relação com os públicos; Perspectivas e impactos no futuro da criação e da exibição.

06/12, domingo – 17h às 18h30
Estratégias de Sobrevivência de Coletivos Teatrais
Eduardo Moreira (Grupo Galpão – MG), Pablo Bertola (Ponto de Partida- MG), Camila Mota (Oficina Uzyna Uzona – SP), Ellen Mello (Dimenti – Salvador), Larissa Souza e Rafael Toscano (GARRA – Coletivos de Teatro do DF).
Moderação: Jorge Vermelho (FIT SJRP)
Grupos convidados debaterão sobre as possibilidades de financiamento alternativo, em tempos de crise, considerando o roteiro de guia: Como vocês observam que os grupos e coletivos estão se movimentando em torno à captação de recursos? Quais os modelos/iniciativas inovadoras que vocês observam nesse sentido? Como vocês veem as possibilidades futuras para os coletivos estáveis no campo da criação? E na captação para viabilizar esta criação?

06/12, domingo – 20h15 às 21h30
Desvendando Cage Shuflle
Conversa com Paul Lazar (USA) e  Bebe Miller (USA).
Moderação: Gustavo Pacheco (Brasil)
O escritor  Gustavo Pacheco será o provocador de uma conversa com Paul Lazar e Bebe Miller, criadores de “Cage Shuffle”, um solo de dança/teatro criado por Paul Lazar, oferecendo a possibilidade do público e criadores de se aprofundarem nas temáticas da obra. Paul Lazar e Bebe Miller apresentam uma série de histórias de um minuto escritas por John Cage – pioneiro da música aleatória e da música eletroacústica e figura chave das vanguardas artísticas do século XX –, ao mesmo tempo em que dançam uma partitura coreográfica complexa criada por Annie-B Parson, diretora da Big Dance Theater, e pelos próprios intérpretes. O humor, a inteligência e a iconoclastia de Cage estão presentes no trabalho, apontado como uma obra-prima por artistas como David Byrne, que já disse: “Cage Shuffle é uma das minhas peças favoritas de todos os tempos. Bonito, profundo e hilário – como todas as coisas deveriam ser”.

07/12 segunda-feira – 17 às 18h30
Memória, feminino e arte: (des)construindo narrativas
Mariana Lima (Brasil) Cibele Forjaz (Brasil) e Janaína Leite (Brasil)
Moderação:  Stela Fischer (Brasil)
As criadoras convidadas debatem sobre o lugar da mulher na memória, na arte e na desconstrução de narrativas hegemônicas e masculinas dentro e fora das artes cênicas. Considerando as seguintes perguntas: Qual o estado da arte da criação feminina no mundo de hoje? Como, a partir da perspectiva da criação, é possível contribuir para a desconstrução da hegemonia das narrativas masculinas? Que elementos o sensível feminino pode trazer à tona no campo da memória e da arte?

08/12 terça-feira – 17h às 18h30h
Processos híbridos de criação
Àlex Serrano e Pau Palacios
Entrevista: Felipe Assis (Brasil)
A companhia Sr. Serrano, foi fundada em 2006, em Barcelona, por Àlex Serrano, com a proposta de fundir linguagens, mesclando performance, texto, vídeo, som e maquetes. A companhia foi premiada com o Leão de Prata 2015 na Bienal de Veneza. No encontro, os artistas serão entrevistados pelo criador e curador do FIAC Bahia, Felipe Assis, guiados pelas perguntas-chave: Em que medida as plataformas virtuais atuais colaboram ou não para o trabalho que a companhia já desenvolve? Do início dos trabalhos até aqui, quais os pontos que vocês destacam na história da companhia? Tiveram um ponto de virada?

09/12 quarta-feira – 17h às 18h30
Poéticas da diáspora negra
Convidados: Mirella Façanha (dramaturga e atriz – DF/SP), Felipe Oladélê (Cabo Verde – RJ), Preto Amparo (criador e ator – Salvador/SP)
Moderação: Daniela Sampaio (SIM! Cultura)
Debate sobre as expressões, poéticas, lutas do corpo negro e sua representação na arte contemporânea, destacando temas como: De que maneira a arte e suas plataformas têm operado para chamar a atenção para as poéticas negras e suas questões? Em que medida as lutas do corpo negro hoje estão contempladas no campo artístico? A arte pode contribuir com a equidade?

10/12 quinta-feira – 17h às 18h30
Como a arte pode ajudar a forjar um novo futuro?
Maria Marighella (Bahia – Brasil), Jorge Melguizo (Colômbia),  Celso Gimenez (La Tristura – España), Nayse Lopez (Panorama da Dança – Brasil), Mariana Soares (Instituto SOMA – Cena).
Moderação: Glauber Coradesqui (Brasil)
Debate sobre a relevância da arte e da cultura no contexto pandêmico e pós-pandêmico e seus desdobramentos na sociedade. Qual a contribuição da arte para um futuro mais afetivo? A arte e o sensível podem contribuir para a diminuição das desigualdades? Qual o futuro da criação virtual? Como é possível manter a presença e o vínculo nessas circunstâncias?

OFICINAS
OFICINA A CLÍNICA DA OBSESSÃO – MATÍAS UMPIERREZ – ARGENTINA
Dias 2, 4, 8 e 9 de dezembro, das 9h às 14h
O trabalho de Matías Umpierrez indaga sobre a relação entre o espectador e a ficção. Seus projetos se situam na fronteira entre as artes performáticas, visuais e projetos curatoriais, gerando uma dialética entre memória-esquecimento-cenário-discurso-cena-território. Por isso, seus trabalhos dialogam em termos globais, mudando de lugares, idiomas, dispositivos e disciplinas.
MATÍAS UMPIERREZ – ator e artista multidisciplinar, que desafia e rompe fronteiras entre as linguagens, apresentando espetáculos teatrais e audiovisuais. Foi reconhecido pela empresa BGH como um dos 100 artistas argentinos mais inovadores dos últimos 100 anos. Durante os anos de 2016 e 2017, foi escolhido pela Rolex para o projeto Mentor & Protégé Art Initiative, um programa bianual, que escolhe um artista por disciplina no mundo. Umpierrez teve como mentor o grande encenador canadense Robert Lepage.

OFICINA UPLOADING THE RHYTHM – IDIO CHICHAVA – MOÇAMBIQUE
Dias 5, 6 e 7 de dezembro, das 9h às 12h
Uma forma de ter consciência do espaço, presença e trabalhar a fisicalidade e a imaginação até o limite, mantendo contato com influências de danças tradicionais moçambicanas. Oficina focada nas possibilidades físicas do corpo. Exige muita resistência para trabalhar os suportes e a comunicação entre os níveis (chão, meio e salto) e a relação do corpo com o espaço. Centrada em exercícios de improvisação, composição espontânea e performance.
IDIO CHICHAVA – Diretor artístico da Cia Converge+, onde desenvolve projetos de colaboração artística multidisciplinar e criativa, sempre com a intenção de dar espaço e fala para todos. Divide-se entre Moçambique e a França, onde interpreta e faz assistência coreográfica das peças da companhia Kubilai Khan Investigations desde 2005. Ministra aulas e oficinas de dança na França e em outros países. É um dos produtores do Festival Raiz, de música tradicional de Moçambique.

Dica:
21º Cena Contemporânea – Festival Internacional de Teatro de Brasília – Módulo on-line
De 1º a 11 de dezembro
No www.cenacontemporanea.com.br e canal do YouTube do Cena
Horários e classificação indicativa: ver programação

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