Da Redação
Foto: Divulgação
Nesta quarta-feira, 4 de novembro, às 9h, a Jornada Literária do Distrito Federal traz a jornalista e cronista Conceição Freitas para uma palestra sobre um dos principais gêneros literários do Brasil, a crônica. Em “Bravos candangos – crônicas de Brasília”, a escritora fala da publicação que reúne textos da autora publicados em 2010 no jornal Correio Braziliense, em comemoração aos 50 anos da capital federal. O evento é parte do Ciclo de Palestras e Conferências da 6ª Jornada Literária do Distrito Federal que acontece nos canais do Facebook e do Youtube da Jornada, aberto ao público e com participação gratuita. A Jornada Literária do Distrito Federal tem como objetivo formar leitores por meio de ações que promovem o gosto pela leitura literária por meio do encontro de leitores com autores e é realizada com o patrocínio do Fundo de Apoio à Cultura do DF (FAC-DF) e o apoio da Coordenação Regional de Ensino de Sobradinho.
Na palestra, Conceição Freitas desenvolve uma conversa online a respeito de seu trabalho como cronista, atividade que exerce com maestria há algumas décadas. Se Brasília tem uma face por escrito para mostrar, por certo essa está descrita nas centenas de histórias breves que a escritora desenvolveu nas páginas do Correio Braziliense e em outras publicações da cidade. Herdeira da melhor tradição da crônica brasileira, que ajudou a fazer a celebridade de Machado de Assis (1839-1908), ainda no Império e nos primeiros anos da República, Conceição nos traz a emoção do dia a dia de uma cidade nascida para ser célebre – como monumento urbano e arquitetônico – mas que (ainda) tem o viés de ocultar a vida dos trabalhadores da construção civil, estudantes, donas de casa, empregados (as) domésticos (as), barnabés do serviço público. “De notícias e não notícias faz-se a crônica”, já dizia Carlos Drummond de Andrade (1902-1987), que – igualmente por décadas – nos fez conhecer uma Capital, no Rio de Janeiro, povoada por seres humanos; e não só dos poderosos políticos que ali habitaram, até a vinda do poder para Brasília. Por ocasião dos 50 anos de Brasília, Conceição Freitas desenvolveu uma série de histórias que, editadas com arte, trouxeram a público a vida de – até então – anônimos candangos, a exemplo de Tião Areia, um dos pioneiros da cidade de São Sebastião. Conceição passeia com segurança e leveza por histórias marcadas pela dor, perda e abandono, conduzindo leitores ao ponto central de uma boa crônica: o coração do leitor.
Nascida em Manaus (AM), Conceição Freitas formou-se em Goiânia (GO), em Jornalismo. Naquela cidade, iniciou as atividades, nos jornais O Popular, Folha de Goiaz, Opção e Diário da Amanhã. Vindo morar em Brasília, escreveu nos jornais Correio Braziliense, Jornal de Brasília, Folha de S. Paulo, Revista Imprensa e publicações do Unicef.
Entre suas obras, estão os livros “Só em caso de amor – 100 crônicas para conhecer Brasília”, Editora LGE, 2009; “Amantíssima”, Editora LGE, 2009; “Bravos Candangos”, Ed. Do Autor, 2018. Participou, também, do “Brasília aos 50 anos, que cidade é essa”, editora Tema, 2000, organização: Beth Cataldo e Graça Ramos.
Como reconhecimento ao seu trabalho, foi agraciada com os prêmios Vladimir Herzog, regional Centro-Oeste, 1983; Esso Nacional (por equipe), 1985; Vladimir Herzog (por equipe), 1985; OK de Jornalismo Cultural, 1991; Embratel, regional Centro-Oeste, 2002; e Abdias Nascimento, 2011, entre outros. Como promotora cultural, desenvolve atividades culturais na Banca 308 Sul, incluindo a venda de livros sobre Brasília e de objetos inspirados na capital.
Dica:
Ciclo de palestras e conferências
Jornada Literária do Distrito Federal
Palestra | Bravos candangos – crônicas de Brasília / Conceição Freitas
Dia 4 de novembro, quarta-feira, às 9h
Local: Canal da Jornada Literária do Distrito Federal no Youtube e no Facebook
Acesso gratuito
Jornada Literária do Distrito Federal Sobradinho 2020
Até 9 de novembro
Escritores confirmados | Alexandre Pilati, Alessandra Roscoe, Caio Riter, Conceição Freitas, Geraldo Lima, João Bosco Bezerra Bonfim, Ivan Zigg, Leo Cunha, Marco Miranda, Renato Moriconi, Roger Mello e Tino Freitas