Cine Brasília exibe premiado filme chileno e história da fotografia no Brasil

Da Redação
Foto: Divulgação

“Tarde para morrer jovem”, filme sobre o renascimento do Chile pós-Pinochet, na visão de um povoado isolado, é o destaque em cartaz no Cine Brasília a partir desta quinta-feira, dia 5 de fevereiro. Também estreia “Fotografação”, documentário sobre a trajetória da fotografia no Brasil e o impacto da forma digital do registro imagético na leitura do diretor de fotografia Lauro Escorel.

O filme das 20h é o terceiro longa-metragem da diretora chilena Dominga Sotomayor e estreou em circuito comercial no Brasil no final de fevereiro. Com ele, a cineasta foi a primeira mulher a receber o prêmio de Melhor Direção no Festival de Locarno (Suiça) de 2018. Teve exibições em festivais no Brasil na 42ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo e no Festival do Rio no ano passado.

A trama está ambientada na volta da democracia ao Chile nos anos 1990, com a queda de Augusto Pinochet no ano anterior. Acompanha a rotina de famílias que vivem aos pés dos Andes, o crescimento de suas crianças e o amadurecimento dos adolescentes na lida com amores, desejos e medos.

Domingas entende que se trata de um filme sobre crescer num momento de mudanças significativas, vistas entre rasgos de nostalgia e crua desmistificação de um período. Uma história de personagens jovens numa sociedade machucada, o Chile, amargurado pela ditadura.

O novo trabalho de Lauro Escorel, “Fotografação”, fez sua estreia no 24º “Festival Internacional de Documentários – É Tudo Verdade 2019” e chega ao circuito comercial agora. O filme passa em revista a fotografia no Brasil do seu surgimento aos dias atuais, lembrando os principais nomes dessa arte, e o impacto da fotografia digital com sua tempestade de “selfies” e registros fora de padrão, propondo novos modos de ver o mundo.

“Fotografar agora parece estar ligado a se mostrar, postar na rede e talvez lembrar. Não é mais sobre a imagem, sobre a ideia de captar um momento único, um quadro, uma composição”, diz Escorel, que além de diretor de fotografia, é roteirista e produtor. Nascido em Washington, é irmão do diretor Eduardo Escorel.

Lauro assinou a direção de fotografia em filmes de Leon Hirszman, Cacá Diegues e Hector Babenco entre outros. Teve a ideia do documentário em 2014. “Foi do desejo de mostrar a um público mais amplo as belas imagens guardadas nos principais acervos do país que nasceu a ideia de fazer um documentário sobre a história da nossa fotografia. Vi ali a possibilidade de narrar como se deu a apresentação do Brasil aos brasileiros (e ao mundo) por meio dessas imagens”, explica Lauro.

Fica mais uma semana em cartaz o filme de Alex Levy-Heller “Jovens Polacas”, que recupera a história de mulheres judias do leste europeu que vieram para o Brasil fugindo ao nazismo, na esperança de emprego ou casamento, mas acabaram sendo prostituídas.

Programação de 5 a 11 de março, lembrando que na segunda (9) e na terça (10) não há sessões de cinema  em razão da apresentação da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro.

Dica:
Filmes Cine Brasília (entrequadra 106/107 Sul)
De 5 a 11 de março
16h – Jovens polacas
18h – Fotografação
20h – Tarde para morrer jovem
Ingresso: R$ 12 (inteira)
Mais informações: 3244-1660

Fonte: Agência Brasília

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