Da Redação
Foto: Balbino
Diante da impossibilidade de enxergar o mundo de outro lugar, que não o próprio, e levando em consideração que artistas estão eternamente se projetando, imaginando, se transferindo em tempo e espaço, um desafio se impôs ao elenco: refletir sobre a construção das masculinidades.
Como o masculino se entrelaça ao feminino, tecendo uma estrutura que oprime, ao mesmo tempo que o coloca na condição de operadores do próprio sofrimento? Essa indagação atravessa a dramaturgia da peça “Por que não nós?”, em curta temporada no Teatro UNIP, nos dias 24 e 25 de maio, pelo projeto Circuito de Teatro Brasileiro.
Não havia como falar das mulheres, na peça chamadas por Ângela, Celeste e Catarina, sem falar de cada homem, na peça, o próprio elenco: Samuel, Amaury e Felipe. Por que não nós? busca entender como são atingidos pela contenção do que se sente, mesmo rindo das ansiedades e das angústias que essa contenção provoca.
O texto do espetáculo debate um conceito bem atual: “masculinidade tóxica”, e suas consequências. Celeste, Ângela e Catarina vivem isso de um jeito, enquanto Amaury, Samuel e Felipe de outro, porém, entrelaçados.
Mesmo embasado nesse conceito, o espetáculo alcança a atmosfera do tema por meio do humor e da crítica, mantendo sensibilidade e poesia. E chama o público a olhar para essa questão, fazendo-o rir e se emocionar. Lavando-o a dissolver esses dogmas e ser livre.
Dica:
Por que não nós?
Dias 24 e 25 de maio, sábado, às 20h, e domingo, às 19h30
Local: Teatro UNIP (SGAS 913)
Ingresso: R$ 150 (inteira), R$ 75 (meia), e R$ 90 ingresso solidário (mediante doação de 1kg de alimento)
Ingresso popular: R$ 50 (inteira) R$ 25 (meia), limitado a 100 ingressos
Ponto de venda: https://bileto.sympla.com.br/event/105137/d/313267/s/2133658
Classificação indicativa: 10 anos
Capacidade do teatro: 500 lugares
Instagram: @teatrounip @samuel_deassis @amaurylorenzo @velozofelipe
