Da Redação
Foto: Divulgação
Após interrupção da temporada, em razão do agravamento da pandemia de Covid-19, o espetáculo “O Pescador e a Estrela”está de volta ao Centro Cultural Banco do Brasil Brasília. O musical infantil, que fica em cartaz de 23 de julho a 8 de agosto, conta a história de Fabiandro, um pescador deficiente visual que, na busca de seu amor desaparecido, mostra que há muito mais para se ver do que só o que enxergamos.
O projeto, com patrocínio do Banco do Brasil, terá sessões presenciais, com limite reduzido de cadeiras, 40% da capacidade, para garantir o distanciamento e o uso de máscaras durante a apresentação será obrigatório. De casa, o público também poderá assistir ao espetáculo, que será transmitido através do canal do Banco do Brasil em www.youtube.com/c/bancodobrasil nos dias 25 julho, 1º e 08 de agosto, sempre às 16h, e de graça.
O musical, com direção de Karen Acioly e texto de Thiago Marinho e Lucas Drummond, tem como protagonista um menino solitário que não enxerga motivos para ser feliz. Ele, então, é convidado por um ‘mensageiro das estrelas’ a voltar o olhar para dentro de si, a fim de entender que há coisas na vida que não precisam ser vistas, apenas sentidas.
Conduzido pelo mensageiro, o menino se transforma no jovem Fabiandro, um pecador apaixonado por uma estrela, apesar de nunca a ter visto. Os dois, pescador e estrela, se encontram todas as noites à beira do mar, onde cantam e dançam.
Um dia, porém, a estrela desaparece. Decidido a reencontrá-la, ele parte em uma jornada rumo ao céu. Ao seu lado vai Hortênsia, uma menina superprotegida pelas tias que quer conhecer o mundo mais que tudo. O que ambos não sabem é que, logo atrás, está o ganancioso casal Prattes Prattes, que planeja roubar a estrela.
O papel do mensageiro é encenado por Felipe Rodrigues, ator negro, deficiente visual e morador da comunidade Pavão-Pavãozinho, no Rio de Janeiro. Além de ator, Felipe é cantor, tecladista e compositor. O personagem de Rodrigues é quem guiará Fabiandro. Felipe já atuou nos espetáculos: O Auto da Compadecida, O Mágico de Oz, Volúpia da Cegueira, entre outras.
“Atuar neste espetáculo tem sido enriquecedor porque me traz reflexões. São coisas que eu posso pesquisar dentro de mim a partir do que a peça aborda. É revigorante refletir sobre tudo que está dentro da gente e começa a ser externalizado na encenação e nas músicas do espetáculo”, comenta Felipe.
Para Drummond e Thiago Marinho, autores da peça, o espetáculo traz uma mensagem de esperança, superação e fala sobre um reencontro com o que perdemos. “Nós perdemos muito nos últimos meses. Deixamos de ver amigos, familiares e amores. Perdemos aquele brilho que a esperança traz. Principalmente as crianças. Ao mesmo tempo, tivemos a oportunidade de redescobrir esse mesmo brilho dentro de nós. A peça mostra os caminhos para não deixarmos essa luz se apagar, mesmo que eles sejam difíceis de enxergar”, ressaltam.
A direção de movimento é da atriz e bailarina Moira Braga, também deficiente visual. “Participar de um projeto novo e com essa qualidade de afetos e de talentos, com uma configuração artística que foca na acessibilidade e inclusão, é um presente. Eu me sinto muito honrada de poder atuar onde meu trabalho é reconhecido”, celebra, Moira.
A proposta do espetáculo é dar protagonismo à deficiência visual, ampliando a reflexão sobre a acessibilidade dentro das artes cênicas, principalmente voltadas ao universo da infância, tanto dentro do espetáculo como na composição da equipe técnica e artística.
A cenografia de Doris Rollemberg transforma o palco do CCBB no universo íntimo e simbólico do protagonista. O espaço, pequeno e confinado, é cercado por véus, membranas que dificultam a visão, mas que caem quando seu mundo se expande através da sua imaginação.
Karen Acioly, diretora artística do espetáculo, se dedica à autoria de projetos e programas multidisciplinares para infância há 35 anos. Autora de livros, roteiros audiovisuais e diretora de textos teatrais premiados, é curadora internacional de exposições, festivais e idealizadora do FIL – Festival Internacional Intercâmbio de Linguagens, que acontece há 18 anos.
“A saudade é um sentimento muito silencioso no coração de uma criança e precisamos falar sobre isso. Inventamos um espetáculo que olha para o que sente essa criança e que a escute. A música nos guia, em movimentos circulares, através do imaginário de um menino que precisa inventar uma cidade, descortinar os seus véus e viver uma perigosa aventura, para ver o que sente”, afirma Karen.
Dica:
O Pescador e a Estrela
De 23 de julho a 8 de agosto
Sessões presenciais: de quinta a domingo, às 16h
Local: Teatro do Centro Cultural Banco do Brasil Brasília
Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (clientes BB com Ourocard e meia-entrada para estudantes e professores, crianças com até 12 anos, maiores de 60 anos, pessoas com deficiência e seus acompanhantes e casos previstos em Lei).
Ponto de venda: www.eventim.com.br
Sessões on-line no canal do BB: dias 25/07, 1º e 08/08, às 16h
Canal do Banco do Brasil: www.youtube.com/c/bancodobrasil
Ingressos: Gratuito
Classificação indicativa: 5 anos
Mais informações: 3108-7600
Confira as normas de visitação e segurança referentes à COVID-19 no site www.bb.com.br/cultura e na emissão do ingresso.
Instagram: @ccbbbrasilia