Da Redação
Foto: Divulgação
Você é daquele tipo de folião que adora uma grande farra no Carnaval? Pois, saiba que, se depender de três dos maiores blocos carnavalescos da cidade, Galo Cego, Eduardo e Mônica e Aparelhinho, os dias de folia ficarão completos. Todos possuem tamanha importância no cenário do Carnaval de rua da cidade, e terão um dia apenas para eles, no domingo (19), durante o Quadradim da Folia, evento que acontece em circuito fechado entre os dias 18 e 21 de fevereiro, no Bosque, atrás do Ginásio Nilson Nelson. Os ingressos estão à venda pelo site da Bilheteria Digital.
Se, hoje, aproximadamente um milhão de brasilienses e turistas invadem as ruas de Brasília para brincar o Carnaval, é porque um grupo de pioneiros deu o pontapé para iniciar a festa do Momo quando a cidade mal tinha comemorado seu primeiro ano de vida. A história do Carnaval de rua de Brasília teve início em 1978, com o bloco Pacotão, que surgiu timidamente no meio da avenida e, aos poucos, aglutinou multidões. O bloco, conhecido por satirizar a situação política do país, inovou no quesito marchinhas, com letras ácidas contra políticos, cruzando a W3 Sul pela contramão, como forma de protesto.
Nos anos seguintes, vários outros tomaram conta da região central da capital. Entre eles, nomes que agradaram a nova geração brasiliense, caso do Galo Cego, do Aparelhinho e do Eduardo e Mônica.
Outro grupo que promete arrastar a multidão é o Bloco Eduardo e Mônica, famosos por músicas da Legião Urbana. Crédito (foto): Eduardo e Mônica/Divulgação
Para o organizador do Bloco Eduardo e Mônica, Roni Melo, a expectativa para o evento não poderia ser das melhores. Afinal de contas, foram dois anos sem festas carnavalescas na cidade. “Estamos voltando com tudo ao nosso tradicional domingo de Carnaval, o qual intitulamos ‘Carnaval do Bem’. Nesse meio tempo, fizemos algumas mudanças em nossa apresentação, além da própria banda, e em toda a estrutura que estamos oferecendo ao nosso folião, o que inclui palco, som e luz; um grande investimento para um público que não vemos há três anos. Tudo isso para que as pessoas consigam matar a saudade do Eduardo e Mônica de uma forma tranquila e segura”, relata o organizador.
Galo Cego
Já para o vocalista do Bloco Galo Cego, Bruno Dourado, Brasília terá um grande reencontro com a folia brasiliense. “Estamos com uma expectativa enorme, já que, há dois anos, não tocamos no Carnaval de Brasília. Em outros tempos, chegamos a colocar 30 mil pessoas na rua, em locais perto do antigo CALAF”, ressalta Dourado, que ainda menciona outros artistas consagrados do cenário brasiliense e do Brasil, como parte das companhias do bloco. Entre os exemplos, estão Valerinho Xavier, instrumentista que toca no Samba Urgente e no Projeto Choro Livre, do Clube do Choro, Cris Maciel, cantora do samba de Brasília e Isabela Rocha, cantora do Natiruts.
Para Dourado, a alegria e a diversidade, marcas da folia brasiliense, não vão faltar. “O público de Brasília pode esperar uma boa apresentação. Convidamos todos que admiram o Carnaval brasiliense a comparecer, em peso, para este grande encontro, com muita energia”, finaliza o vocalista, ponderando que não há distinção entre os estilos, já que o bloco faz um passeio por todos os ritmos brasileiros. Os gêneros englobam o samba tradicional, passando pelo Olodum, xote, frevo, maracatu e baião, finalizando com o popular “sambão”, proporcionado pelos integrantes.
Aparelhinho
Outro bloco tradicional no cenário carnavalesco da cidade é o Aparelhinho. O bloco surgiu no Carnaval de 2012 e, desde então, vem fazendo muito barulho na capital, arrastando centenas de foliões atrás de uma ideia original: um carrinho de som alegórico e autônomo, equipado com som, iluminação e gerador, movido à tração humana. Tudo comandado por DJs e instrumentistas. É um bloco que leva a cara da cidade: moderno e multicultural.
Faces estas reafirmadas por Rodrigo Barata, representante do bloco. Para ele, os dois anos sem Carnaval foram ruins para o cenário da cidade. Mas, agora, a expectativa é das melhores, principalmente, em virtude das liberações de restrição impostas pela pandemia. “Após dois anos sem sair com o bloco, queremos fazer um grande Carnaval, no estilo do brasiliense, com muita festa e animação, com apresentações de músicas do país inteiro, e fazendo o que a gente sabe fazer de melhor, ou seja, carnavalizar”, diz, ressaltando que os foliões podem esperar muita música brasileira e ritmos do cenário carnavalesco.
Dica:
Quadradim da Folia
De 18 a 21 de fevereiro, das 14h às 3h
Local: Bosque da Arena BRB, atrás do Ginásio Nilson Nelson
*Ingressos: 1º lote: R$60
Ponto de venda: Bilheteria Digital
Classificação Indicativa: 15 anos