Da Redação
Foto: Divulgação
O CCBB Brasília apresenta o Quilombo Groove – Preces, Louvores e Batuques do Quilombo do Curiaú, um projeto inédito, com patrocínio da BB Asset, que traz ao coração do país um pedaço da rica e vibrante cultura do Amapá, a qual conecta a energia ancestral dos ritmos do Marabaixo e do Batuque com shows de artistas absolutamente contemporâneos, além de oficinas, contação de histórias e a exposição fotográfica “Preces, Louvores e Batuques”. A programação acontece de 07 a 10 de novembro, na Galeria 04, Teatro e jardim do CCBB Brasília, com entrada gratuita, mediante emissão de ingresso no site www.bb.com.br/cultura e na bilheteria física. As atividades têm classificação livre para todos os públicos, sendo que as oficinas são para participantes a partir de 12 anos.
O Marabaixo é uma manifestação cultural que combina dança, música e espiritualidade, marcada por batidas de tambores e cantos, enquanto o Batuque é tanto uma expressão religiosa quanto uma festa comunitária, celebrando a ancestralidade e a identidade afro-brasileira. O Quilombo Groove é uma celebração da ancestralidade afro-brasileira que, por meio de música, dança e vivências, que conecta as tradições quilombolas e espirituais do Curiaú, um dos quilombos mais importantes do Brasil com o público do Século XXI.
A programação começa na quinta-feira, dia 7, às 10h, com “Histórias do Meu Quilombo”, uma contação de histórias conduzida por Esmeraldina dos Santos, que conecta os ouvintes à ancestralidade por meio de relatos coletados de seus antepassados e experiências pessoais.
Às 15h, os participantes terão a oportunidade de participar da vivência “Percursos Sonoro Coreográficos Acerca do Marabaixo”, mediada por Adelson Preto, que compartilhará a história, os instrumentos e a rica cultura desse estilo. O dia se encerra com uma programação musical, começando com o contagiante show de abertura do Capitão Pupunha, que traz uma mistura de sons eletroamazônicos, seguido pelo show principal de Paulinho Bastos, conhecido por suas canções autorais que reverberam a ancestralidade das culturas amapaenses.
De sexta a domingo, a programação continua com mais contações de histórias, oficinas práticas de percussão e confecção de instrumentos com materiais recicláveis, além de rodas de conversa que exploram as influências étnico-raciais na música amapaense. Os shows, no Teatro do CCBB, serão protagonizados por artistas da cena amapaense como MC Deeh, Brenda Melo, Sabrina Zahara, Banda Afro Brasil, Pretogonista e Raízes do Bolão, que prometem uma fusão de ritmos e estilos, elevando a experiência cultural do evento. Como ação de intercâmbio das culturas tradicionais, o show de encerramento do Quilombo Groove contará com a participação do Boi de Seu Teodoro, que há 20 anos é Patrimônio Cultural Imaterial do Distrito Federal (confira a programação completa).
Para Claudio Silva, curador e produtor do projeto, o “Quilombo Groove” representa um momento essencial para promover o diálogo entre diferentes gerações e expressões culturais. Ele destaca que a iniciativa vai além da simples exibição artística, proporcionando um espaço de troca de saberes e fortalecimento das tradições afro-brasileiras, como o Marabaixo e o Batuque. “Através da música, da fotografia e das histórias, estamos preservando e compartilhando a ancestralidade que constrói a nossa identidade cultural”, ressalta Claudio, reafirmando a importância de iniciativas como essa para a valorização da diversidade.
Durante todo o período do projeto, o público também terá a oportunidade de visitar, na Galeria 4, a exposição fotográfica “Preces, Louvores e Batuques”, do fotógrafo e cenógrafo Paulo Rocha, com curadoria de Claudio Silva, que retrata as festas profanas e religiosas dessas tradições amapaenses. O evento oferece ainda uma degustação opcional de gengibirra, uma bebida tradicional do Amapá, que embala as rodas de Batuque e Marabaixo, e um cortejo artístico temático, que irá percorrer a área externa do CCBB.
O Quilombo Groove é uma oportunidade única de vivenciar e celebrar a diversidade cultural brasileira, destacando a importância do Marabaixo e do Batuque na formação da identidade do povo amapaense. Para mais informações, consulte o site oficial do CCBB Brasília.
Programação:
1º Dia – 7 de novembro
10h – Histórias do Meu Quilombo – Contação de História com Esmeraldina dos Santos (duração de 30 min). Capacidade: 50 participantes. Classificação indicativa: Livre. Galeria 4
9h às 21h – Visitação à Exposição “Preces, Louvores e Batuques” – Artista Paulo Rocha e Curadoria de Claudio Silva. Classificação indicativa: Livre. Galeria 4.
15h – Vivência – Percursos Sonoro Coreográficos Acerca do Marabaixo – Mediador: Adelson Preto. Capacidade: 30 participantes. Classificação indicativa: 12 anos. Galeria 4.
18h30 – Cortejo de Abertura
18h50 – Degustação gratuita/Demonstração Técnica sobre Produção de Gengibirra. Local: Hall do Teatro do CCBB. Classificação indicativa: 18 anos.
19h – Abertura com Capitão Pupunha (duração de 40 min). Classificação indicativa: Livre. Teatro do CCBB.
19h40 – Show com Paulinho Bastos (duração de 80 min). Classificação indicativa: Livre. Teatro do CCBB.
2º Dia – 8 de novembro
9h às 21h – Visitação à Exposição “Preces, Louvores e Batuques”. Artista Paulo Rocha e Curadoria de Claudio Silva. Classificação indicativa: Livre. Galeria 4.
10h – Histórias do Meu Quilombo – Contação de História com Esmeraldina dos Santos (duração de 30 min). Capacidade: 50 participantes. Classificação indicativa: Livre. Galeria 4
15h – Histórias do Meu Quilombo – Contação de História com Esmeraldina dos Santos (duração de 30 min). Capacidade: 50 participantes. Classificação indicativa: Livre. Galeria 4
16h – Vivência – Percursos Sonoro Coreográficos Acerca do Batuque – Mediador: Pedro Bolão. Capacidade: 30 participantes. Classificação indicativa: 12 anos. Galeria 4
18h50 – Degustação gratuita/Demonstração Técnica sobre Produção de Gengibirra. Local: Hall do Teatro do CCBB. Classificação indicativa: 18 anos.
19h – Abertura com MC Deeh (duração de 40 min). Classificação indicativa: Livre. Teatro do CCBB.
19h40 – Show com Brenda Melo (duração de 80 min). Classificação indicativa: Livre. Teatro do CCBB.
3º Dia – 9 de novembro
9h às 21h – Visitação à Exposição “Preces, Louvores e Batuques”. Artista Paulo Rocha e Curadoria de Claudio Silva. Classificação indicativa: Livre. Galeria 4.
14h – Oficina de Percussão – Facilitadores: Nena Silva e Ismael Biluca. Capacidade: 30 participantes. Classificação indicativa: 12 anos. Galeria 4.
16h – Roda de Conversa: Interferências Étnico-Raciais na Música Amapaense – Mediadores: Alan Gomes, Hian Moreira e Edson Costa. Classificação indicativa: Livre. Galeria 4.
18h50 – Degustação gratuita/Demonstração Técnica sobre Produção de Gengibirra. Local: Hall do Teatro do CCBB. Classificação indicativa: 18 anos.
19h – Abertura com Sabrina Zahara (duração de 40 min). Classificação indicativa: Livre. Teatro do CCBB.
19h40 – Show com Banda Afro Brasil (duração de 80 min). Classificação indicativa: Livre. Teatro do CCBB.
4º Dia – 10 de novembro
9h às 21h – Visitação à Exposição “Preces, Louvores e Batuques”. Artista Paulo Rocha e Curadoria de Claudio Silva. Classificação indicativa: Livre. Galeria 4.
14h – Oficina de Confecção de Instrumentos com Materiais Recicláveis – Facilitador: Pedro Bolão. Capacidade: 30 participantes. Classificação indicativa: 12 anos. Galeria 4.
16h às 19h – Intercâmbio/Troca de Saberes – Participantes: Grupo Raízes do Bolão e Boi de Seu Teodoro (DF). Classificação indicativa: Livre. Galeria 4
19h – Abertura com Pretogonista (duração de 40 min). Classificação indicativa: Livre. Teatro do CCBB. 19h40 – Show com Grupo Raízes do Bolão com Participação do Boi de Seu Teodoro (DF) (duração e 80 min). Classificação indicativa: Livre. Teatro do CCBB.
Sobre as atividades
Exposição “Preces, Louvores e Batuques”: composta por 20 (vinte) obras, do fotógrafo e cenógrafo Paulo Rocha, com curadoria do ator, diretor teatral e artista visual Claudio Silva. As obras refletem festas profanas e religiosas do Batuque e do Marabaixo, e foram coletadas ao longo dos últimos anos.
Contação de Histórias: a Mestra Esmeraldina dos Santos contará histórias do seu quilombo, ouvidas de seus antepassados, coletadas em suas pesquisas e decorrentes de sua vivência. A proposta é conectar ouvintes à ancestralidade contida na oralidade da autora, que coletou histórias ao longo de uma vida e as transcreveu em suas obras literárias. Faz um resgate de nossa identidade cultural, despertando em quem as ouve, o sentimento de pertencimento, respeito e valorização, tão necessários ao desenvolvimento de nossa cultura.
Vivência – Percursos Sonoro Coreográficos Acerca do Marabaixo: o Mestre Adelson Preto, pautado pela informalidade de um Mestre Griot, versará sobre a origem do Marabaixo, o instrumento utilizado na manifestação (caixa), vestimentas, os ladrões (versos cantados que “roubam” histórias da realidade, misturando referencias religiosas, fatos reais e inventados, críticas bem-humoradas e poesia), a receita e os segredos da tradicional gengibirra produzida no Quilombo do Curiaú.
Vivência – Percursos Sonoro Coreográficos Acerca do Batuque: o Mestre Pedro Bolão, pautado pela informalidade de um Mestre Griot, versará sobre a origem do Batuque, os instrumentos utilizados na manifestação, vestimentas, as bandaias/ bandaios, cantigas entoadas em forma de pergunta e resposta por puxador e coro, respectivamente.
Oficina de percussão: ministrada por Nena Silva e Ismael Biluca que compartilha os conhecimentos sobre os instrumentos típicos do Batuque e do Marabaixo, modos de afinação, percepção sonora, coordenação rítmica, pulso e compasso e construção de instrumentos a partir de materiais recicláveis.
Oficina de confecção de instrumentos com materiais recicláveis: o luthier e artesão Mestre Pedro Bolão ensinará técnicas de produção de instrumentos musicais utilizados no Marabaixo e no Batuque, a partir de materiais descartados na natureza.
Roda de conversa: Interferências Étnico-raciais na música amapaense: Alan Gomes, Hian Moreira e Edson Costa fazem exposições acerca das influências étnico-raciais na sonoridade de bandas e cantores com os quais atuam na condição de sideman. A roda tem por objetivo pôr em contato direto apreciadores, músicos, estudantes e pesquisadores da música brasileira, fundamentando experimentos futuros a partir da troca de ideias e referenciais.
Intercâmbio com grupos quilombolas: O Grupo Raízes do Bolão/ AP encontrará um grupo/comunidade quilombola e/ ou que difunda as culturas negras. Rodas de conversas, demonstrações técnicas de suas culturas populares, tradicionais e identitárias, e participação dos mesmos no show do grupo.
Show Grupo Raízes do Bolão: tocadores, cantadores/cantadeiras e dançadeiras, apresentam ao público presente a cultura do Batuque e do Marabaixo, em um show que por ora confunde-se com uma aula aberta sobre a cultura negra amapaense. O show contará com a participação de alunos das vivências e oficina de percussão ministradas por artistas integrantes do projeto. Com vistas à integração entre as gerações, impactadas e/ ou influênciadas pelo Marabaixo e pelo Batuque, a abertura deste show será feita por Pretogonista.
Degustação de gengibirra: uma bebida tradicional do Amapá, servida nas tradicionais rodas de Batuque e Marabaixo. Feita à base de aguardente e gengibre, embala tocadores, cantadores e dançadeiras nestas manifestações culturais genuinamente amapaenses.
Cortejo: com temática afro, composta pelos participantes das vivencias e oficinas, e artistas integrantes do projeto, irá percorrer os arredores da sede do Centro Cultural Banco do Brasil, onde o mesmo se encerrará e anunciará o início do show do Grupo Raízes do Bolão.
Sobre o Quilombo do Curiaú
O Quilombo do Curiaú, situado em Macapá no Amapá possui um grande acervo histórico e cultural, carregando em suas raízes a essência de resistência e liberdade. Fundado no século XVIII, é considerado o primeiro quilombo do estado do Amapá e o segundo do Brasil a ser regularizado pela Fundação Palmares, o que faz dele um símbolo de força e ancestralidade. Nascido dos passos firmes de africanos escravizados que buscavam um refúgio seguro, o Curiaú se tornou um santuário de cultura e memória, onde tradições se mantêm vivas através das gerações.
ACESSIBILIDADE
A ação “Vem pro CCBB” conta com uma van que leva o público, gratuitamente, para o CCBB Brasília. A iniciativa reforça o compromisso com a democratização do acesso e a experiência cultural dos visitantes.
A van fica estacionada próximo ao ponto de ônibus da Biblioteca Nacional. O acesso é gratuito, mediante retirada de ingresso, no site, na bilheteria do CCBB, ou ainda pelo QR Code da van. Lembrando que o ingresso garante o lugar na van, que está sujeita à lotação, mas a ausência de ingresso não impede sua utilização. Uma pesquisa de satisfação do usuário pode ser respondida pelo QR Code que consta do vídeo de divulgação exibido no interior do veículo.
Horários da Van:
Biblioteca Nacional – CCBB: 12h, 14h, 16h, 18h e 20h
CCBB – Biblioteca Nacional: 13h, 15h, 17h, 19h e 21h
Dica:
Quilombo Groove – Preces, Louvores e Batuques do Quilombo do Curiaú
De 7 a 10 de novembro
Local: Galeria 4, Teatro e Jardim do CCBB Brasília
Horários e Classificação Indicativa: conforme a programação
Ingressos gratuitos para os shows, oficinas, contação de histórias e exposição mediante retirada no site www.bb.com.br/cultura e na bilheteria física do CCBB Brasília. Os ingressos estarão disponíveis na véspera de cada atividade, a partir das 12h.
Mais informações: 3108-7600
Instagram: @ccbbbrasilia