Rebu, maior bloco LBT de Brasília, promete carnaval histórico em 2024

Organizadoras do bloco- Rafaella Ferrugem, Eloisa Alves (DJ Loly Alves) e Dayse Hansa

Da Redação
Foto: Lázaro Mendes

O Rebu, maior bloco sapatão de Brasília, realizará uma edição histórica no Carnaval de 2024. O grupo se reunirá no sábado de carnaval (10/2), das 10h às 19h, no estacionamento do Eixo Cultural Ibero-americano (antiga Funarte).

Focado em artistas e profissionais LBTs, o evento tem entrada gratuita, é aberto a todos que apoiam as causas LGBTQIA+, e destaca a criação de espaços de resistência cultural por meio da aliança entre artistas e da construção coletiva. “O Rebu vai além de um bloco carnavalesco.  É um movimento que acredita e trabalha para um futuro desejável, marcado pela coletividade, equidade de gênero, informação de qualidade, inclusão e acessibilidade para todos”, enfatiza uma das responsáveis pelo evento e integrante da coletiva, a DJ Loly Alves.

O bloco, protagonizado por mulheres lésbicas, nasceu como resposta à realidade da violência contra a comunidade LGBTQIA+ no país, buscando dar visibilidade aos artistas que representam as letras menos exploradas no acrônimo LGBT.

Como parte de suas tradições, a Rebu amadrinha um bloco de carnaval a cada ano. Em 2024, o escolhido foi o Sapatônica, que abre o line-up do bloco, às 10h, também composto por pessoas LBTs, prometendo surpreender o público com uma programação artística emocionante.

Às 13h10, a DJ Carol Costa faz um mix com raízes em suas origens mineiras, acompanhando as novidades da cena musical brasileira. As músicas passam pela MPB, samba, samba-rock, funk e pop brasil, entre antigas e atuais, mesclando diferentes versões e remixagens.

A terceira atração do bloco sapatão é a estreia da Rebu A Banda, às 15h, composta por Haynna (vocalista), Aline Marcimiano (trio de congas), Jurema (surdo), Alana Andrade (bateria), Dani da Silva (tecladista), Lara Ribeiro (guitarra), Rafa Ferrugem (backing vocal), Beatmilla (baixista e beatmaker). Com uma formação diversificada, o grupo traz uma proposta musical com mescla de ritmos carnavalescos e brasilidades.

O Trio Rebu, que lidera o projeto, encerra o line-up do bloco, às 16h45. Composto pelas integrantes da Coletiva Rebu D-Day, Loly e Rafa Ferrugem, o grupo promete representar a força da mulher lésbica com um set diversificado incluindo brasilidades como axé, tecnobrega, funk e pisadinha para animar o público dançante.

“Além de promover a cultura carnavalesca LGBTQIA+, o Bloco Rebu contribui para a movimentação da economia criativa, remunerando artistas e profissionais do setor cultural, criando oportunidades de trabalho e renda e impactando positivamente a economia criativa do DF e Entorno”, lembra a DJ Rafaela Ferrugem, organizadora do evento.

Coletiva Rebu

A Coletiva Rebu, formada por pessoas lésbicas, bissexuais, trans e não binárias, é um movimento que promove valores essenciais como coletividade, equidade de gênero, informação de qualidade, inclusão e respeito à diversidade, tudo isso permeado pela arte e cultura.

Fundada com a missão de fortalecer artistas e profissionais LBTs, a Rebu destaca-se não apenas pelo entretenimento, mas também por oferecer atividades formativas em espaços seguros. O projeto visa criar entretenimento cultural de qualidade, promovendo mulheres artistas e profissionais da cultura que merecem reconhecimento.

Dica:
Bloco Rebu
Dia 10 de fevereiro, sábado, das 10h às 19h
Local: Eixo Cultural Ibero-americano (antiga Funarte)
Entrada gratuita