Da Redação
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Para quem está com saudades de adiantar os relógios em uma hora do horário de Brasília, pensando em reduzir o consumo de energia elétrica e aproveitar mais a luz solar, essa prática poderá estar de volta ainda este ano. O retorno do horário de verão é uma recomendação do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico.
A adoção da medida foi usada pela primeira vez no Brasil em 1931 e se tornou fixa em 2008. Em 2019, no entanto, o governo Bolsonaro retirou a prática do país. O ex-presidente avaliou que a mudança de horário não cumpria mais o propósito para o qual foi adotada, e que os brasileiros teriam mudado sua forma de consumo de energia elétrica.
Ainda que a volta do horário de verão tenha sido recomendada para 2024, a decisão final sobre adotar ou não a medida neste ano é do governo Lula. Nos estudos apresentados pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), houve o reconhecimento da importância da prática nos estados das regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul.
Os estudos indicam que a medida poderá trazer uma redução de até 2,9% na demanda máxima noturna, tanto em dias úteis como aos finais de semana, em quase todas as condições de temperatura.
Data de início do horário de verão
Tradicionalmente, o horário de verão começa no primeiro domingo de novembro, a partir das 00h, seguindo a recomendação do Decreto nº 6.558. Mas a medida ainda não foi decidida pelo Governo, ou seja, ainda não se sabe se o novo horário retorna ou não em 2024, tampouco quando será realizado.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse que levará a recomendação para avaliação do presidente Lula, outros ministérios, setores da economia e do poder Judiciário. A decisão do Presidente deve ser anunciada nos próximos dias.
Silveira destacou o horário de verão como uma medida que contribui para a sustentabilidade energética e citou o Canadá como exemplo de país que adota o mecanismo, mas ressaltou que não há possibilidade de crise energética este ano. O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) avalia que 2024 retomará, nos próximos dias, o volume normal de chuvas.
A favor ou não da medida ainda este ano, só nos resta aguardar a decisão final do governo federal.