Cortinas e luminárias são amigas ou inimigas do décor?

Por Gilberto Evangelista
Fotos: Edgar César / Divulgação

Na hora de assistir televisão, de deitar para dormir ou quando saímos de casa por um longo período, fechar as cortinas auxilia determinadas tarefas diárias, assim como garante privacidade. De modo contrário, as luminárias e todo o resto do aparato de iluminação garante com que façamos uso da luz para realizar tarefas a qualquer hora do dia ou da noite, seja na nossa casa, como no ambiente de trabalho. Claro que a função decorativa de ambas não deve ser ignorada, afinal, elas são essenciais para garantir conforto e trazer subjetividade aos ambientes.

Pensando nisso, o terceiro episódio da série “Achados Casapark na CASACOR Brasília 2023” visitou dois ambientes incríveis da mostra de decoração: o consultório oftalmológico, batizado de Visão Sagrada by Jota Pacini Design e Arquitetura, e a sala de estar, conhecida por Epicentro da Três Arquitetura. No primeiro, uma cortina de voil em tom terroso, meio cobre, completa perfeitamente o conceito casa confortável que o projeto quis conferir ao ambiente. No segundo, uma sobreposição de dois tecidos (um telado na cor cinza e um voil chiffon rosado) com LEDs que piscam, transformando o local em um grande coração pulsante.

Visão Sagrada by Jota Pacini Design e Arquitetura

O primeiro sai do convencional para uma clínica de olhos ao apostar justamente em tons quentes que, fugindo dos tradicionais branco ou tons pastéis, ousa pelo inusitado. “Não existem regras quando falamos de cortinas, mas é fato que optamos em não usá-las nas cozinhas, pois tecido e gorduras não combinam”, ensina Jota Pacini. Sobre cores e estampas, “eu acho que as coisas têm que ser testadas antes de aplicadas. Não é proibido colocar animal print, veludo, tudo isso é possível, mas desde que você faça de fato um projeto, para entender como vai funcionar aquelas ideias no ambiente final, justamente para evitar que ele fique over, onde nada combina com nada”, sentencia.

O arquiteto Jota Pacini

A automação é outro ponto de destaque do consultório de Pacini, onde, com apenas um puxão de leve, é possível fazer com que a cortina se abra ou se feche. “Hoje a tecnologia veio com muita força para deixar nossa vida cada vez mais prática e confortável, seja dentro de casa ou no nosso ambiente de trabalho”, destaca o profissional uma das características da peça que faz parte do catálogo da centenária Hunter Douglas, referência mundial quando o assunto é cortina, comercializada pela Stermaan do Casapark.

Foi lá que Luciano Pena e Vinicius Resende, da Três Arquitetura, também encomendaram a peça que vem chamando a atenção no seu Epicentro. Com a ajuda de uma iluminação de LED instalada no cortineiro, transmite a sensação de que o ambiente esteja literalmente vivo. “Esse é o poder da luz, criar cenários”, ressalta Kelly Carvalho, consultora de vendas da Lumini (que também fica no Casapark), marca responsável pelas demais peças desse projeto que é uma homenagem à Revista GPS Brasília.

Epicentro da Três Arquitetura

“Nem o estado de espírito da gente é o mesmo sempre, tem dia que chegamos e queremos descansar, relaxar, outros, continuar trabalhando. Então, por que a luz tem que ser estática? Por que tenho que ter a mesma luz sempre?”, questiona Carvalho. Vale lembrar ainda que “um bom projeto de iluminação não é ter muita luz em um determinado ambiente ou situação, mas justamente criar cenas para o cotidiano e suas variações de situações e momento”, conclui.

Dica:
3º episódio da série “Achados Casapark na CASACOR Brasília 2023”
Assista: https://www.instagram.com/reel/CxeGH8XMeRd/