Dia Nacional da Cachaça: Descubra como harmonizar a bebida com diferentes pratos e petiscos

Da Redação
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Hoje (13) é comemorado o Dia Nacional da Cachaça. A data foi escolhida em 2009, pelo Instituto Brasileiro da Cachaça, em homenagem aos produtores de cachaça do Rio de Janeiro lideraram uma rebelião em 1960, quando tomaram o governo da cidade. Era a Revolta da Cachaça, movimento que abriu caminho para a legalização da bebida, o que ocorreu em 13 de setembro de 1661, por ordem da coroa portuguesa. A cachaça é uma bebida que, assim como o vinho, pode ser utilizada na harmonização com diferentes tipos de pratos, desde os mais simples até os mais rebuscados. Para celebrar a data, algumas dicas de harmonização concedidas por um dos maiores especialistas em degustação de cachaça do Brasil, Delfino Golfeto, presidente e fundador da rede de franquia Água Doce Sabores do Brasil.

Por exemplo, pratos com acento tropeiro, como linguiças, torresmos, carnes suínas e tutu de feijão, se encaixam bem com uma boa cachaça. Segundo Golfeto, há dois tipos básicos de harmonização: por semelhança, com uma cachaça suave com pratos mais suaves ou cachaças adocicadas com pratos agridoces; ou contraposição, apostando no contraste, ou seja, uma cachaça mais ácida com pratos adocicados. Para que a bebida possa valorizar a comida é preciso levar alguns fatores em consideração, como o teor alcoólico, o índice de acidez, os sabores, o aroma e o tipo de envelhecimento.

“Outra questão que pesa muito é o tipo de madeira utilizada na fabricação, pois isso traz uma modificação química e sensorial na cachaça, além de contribuir com aromas, cores e sabores. O processo de envelhecimento é feito de acordo com cada tipo de madeira utilizada, sendo que as mais comuns são Carvalho, Amburana e Bálsamo. Isso influencia diretamente no produto final, pois cada madeira cria sabores diferenciados e amoras frutados”, revela o presidente da Água Doce Sabores do Brasil. Com base nestas informações, é possível indicar quais alimentos combinam mais. No caso das cachaças neutras, que apresentam aspecto cristalino e não passam pelo processo de envelhecimento, os pratos mais indicados são: tilápia ao molho de camarão, casquinha de siri, bolinho de bacalhau, camarão crocante, saladas, queijo provolone e tilápia crocante.

Já no caso das cachaças que passam pelo processo de envelhecimento em tonéis madeiras, é preciso levar em consideração o tipo de madeira utilizado para escolher o prato para harmonização. As cachaças envelhecidas no Bálsamo, por exemplo, combinam com filé-mignon com gorgonzola, picadinho de carne, isca de tilápia e picanha na chapa. A Amburana pode ser perfeita quando a opção é um bolinho de carne de sol, bolinho de mandioca recheado, chapa mista de carne e, por incrível que pareça, até mesmo com sobremesas. O Carvalho, por sua vez, pode ser harmonizado com pratos como escondidinho, costelinha suína, torresmo e carne de sol.

Números sobre a produção de cachaça no Brasil:

O Instituto Brasileiro da Cachaça (Ibrac) estima que o Brasil possua uma capacidade instalada de produção de 1,2 bilhão de litros por ano. No entanto, a produção está estimada entre 700 e 800 milhões de litros/ano.

Segundo dados de 2019, do Anuário da Cachaça do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), existem hoje no Brasil 1.086 estabelecimentos produtores de Cachaça e Aguardente de cana registrados.

A caninha é um dos quatro destilados mais consumidos mundialmente. De acordo com a empresa de pesquisas de mercado Euromonitor, a água-que-passarinho-não bebe é a segunda bebida alcoólica mais consumida no País e representa cerca de 72% do mercado de destilados.

E, nos últimos anos, a cachaça tem sido ainda mais valorizada. Vários produtores estão trabalhando para elevar a qualidade da bebida, experimentando novas técnicas de envelhecimento e também buscando novas madeiras para conferir sabor à bebida.

Com isso, a marvada pode ser tomada tanto pura quanto em coquetéis caprichados!