Fotógrafa e ativista brasileira lança em Brasília o livro Sete anos em sete Mares

Da Redação
Foto: Divulgação

Depois de navegar o mundo por sete anos para defender o meio-ambiente, enfrentar piratas, prisões e tempestades em alto-mar, a fotógrafa e ativista Bárbara Veiga decidiu transformar sua história em livro. As experiências a bordo do veleiro Papaya e as missões realizadas de uma ponta a outra do planeta preencheram as páginas de Sete anos em sete mares, que tem lançamento marcado para o dia 25 de abril em Brasília, na livraria Sebinho. A escrita em primeira pessoa, em formato de diário de bordo, reflete as aventuras, emoções e descobertas da carioca de 35 anos, que teve a escrita como companhia diária em diferentes oceanos.

Bárbara já fez parte do Greenpeace e da Sea Shepherd e descobriu a vontade de lutar pelas causas ambientais ainda na adolescência. A preocupação com o lixo que encontrava diariamente em trilhas e praias transformou-se em impulso para participar de causas maiores. A defesa pela manutenção e respeito a biodiversidade do planeta em que vive  tornou-se prioridade. Além das dificuldades e de abdicar de uma vida mais comum, a ativista acumula uma enorme bagagem de aprendizados e experiências transformadoras.

O livro em formato de diário de bordo tem escrita intimista e mostra as experiências e desafios enfrentados no cotidiano de uma ativista no mar. A escrita ajudava a refletir sobre o que vivia diariamente, transformando em palavras momentos de força, entrega e dificuldades. Bárbara dá protagonismo aos impactos ambientais causados pela displicência dos homens. “Eu queria lembrar daquilo no futuro e a escrita me colocava mais perto dos meus sentimentos. O importante é cada um, à sua maneira, agir em prol de todas as formas de vida existentes na Terra”, lembra a fotógrafa e documentarista.

Entre os desafios enfrentados, a autora foi presa duas vezes no Brasil e uma no exterior. O que era para ser um protesto pacífico no Caribe transformou-se em momentos difíceis. Foram dois dias em uma solitária, sem comer e beber. Bárbara teve que se declarar culpada por entrar ilegalmente no porto, teve sua fiança paga pelo Greenpeace e foi proibida de voltar ao local por dez anos. Depois disso, a realidade foi além da ficção e a autora esteve frente a frente com piratas no Golfo de Áden, que separa o Iémen da Somália.

Bárbara atuou como espiã entre baleeiros para conseguir impedir uma matança nas Ilhas Feroe e se deparou com os perigos do mar ao acompanhar grandes tempestades. Ela sabotou navios de pesca ilegais, enfrentou a destruição de fazendas de atum e lutou contra o desmatamento da Amazônia. O amor pela natureza e pela biodiversidade, principalmente a marinha, motivam a luta constante e a dedicação diária de sua vida em busca das causas que defende e acredita.

A partir das peculiaridades e diferenças culturais de cada país visitado, Bárbara Veiga acumula aprendizados e transformações. A magnitude da natureza desperta reflexões sobre a própria existência. A cada experiência, no mar ou na terra, encontros fortes e profundos fazem a fotógrafa se reinventar constantemente como ser humano, quebrando estereótipos e enriquecendo sua visão de mundo. Mais do que contar histórias, a autora busca criar novos diálogos com o leitor e chamar ainda mais atenção para a importância das causas que defende,

Dica:
Lançamento “Sete anos em sete Mares” – de Bárbara Veiga
Dia 25 de abril, às 19h
Local: Livraria Sebinho (CLN 406)
Entrada gratuita
Vendas pelo site: www.martinsfontespaulista.com.br
Editora: Seoman
Páginas: 288
Preço: R$ 56