Festival Breve Cenas de Teatro na CAIXA Cultural

Da Redação
Foto: Ana Luiza Bellacosta

O Teatro da CAIXA Cultural recebe, de 22 a 24 de outubro, o Festival Breve Cenas de Teatro. Referência no Amazonas desde a estreia em 2009, Brasília é a primeira cidade do país a receber o festival, que depois percorrerá outras três cidades. Serão apresentadas 12 cenas, quatro por noite. Além de artistas do Distrito Federal, também sobem ao palco grupos de Pernambuco, São Paulo, Amazonas, Rio de Janeiro e Colômbia, em criações cênicas que vão do drama à palhaçaria. Ao final das sessões, o público poderá escolher sua cena favorita. A entrada é gratuita.

A junção de diferentes propostas estéticas e grupos de diversas partes do Brasil, e até mesmo de países vizinhos, com o desafio de apresentar uma única cena curta, com duração mínima de 04h59 e máxima de 15h01, em uma mostra competitiva cativou o público. “É gratificante comemorar casa cheia todos os anos, o que nos dá uma leitura da força das artes cênicas, de como em tempos digitais o público gosta, sim, de ir ao teatro. Levar o projeto para outros estados é também uma oportunidade de estimular a formação de novas plateias”, destaca Dyego Monnzaho, idealizador do festival.

Programação:
– 22 de outubro:
O CORPO DELA – Grupo Por Nós (RJ)
Drama com texto de Rebecca Lisboa e direção de Viviane Dias. Elenco: Alice Birman, Rebecca Lisboa e Viviane Dias. Classificação indicativa livre.
Viver não é suficiente, nossa existência é negada quando uma de nós morre a cada duas horas. A cena aborda a necessidade de resistir para existir. Três mulheres e a realidade assoladora da violência contra seus corpos e mentes. A cura através de um ritual de amor.

ENSAIO DE PARECENÇAS – Francisco Rider (AM)
Performance criada e interpretada por Francisco Rider. Classificação indicativa 14 anos.
Humor, ironia e nonsense estão presentes nesta performance na qual o interprete ensaia, repetidamente e de forma minuciosa, a possibilidade de parecenças com o ícone da beleza e da moda internacional Gisele Bundchen.

BICHO DOIDO – Cia Teatro Galeroso (PE)
Drama com texto de Adanilo, direção de Sofia Sahakian e Adanilo. Elenco: Rafael Andrade. Classificação indicativa: 16 anos.
O monólogo apresenta histórias fictícias e reais sobre pessoas que vivem nas ruas e periferias. Perdido entre seus desejos, o bicho doido está num lugar em que o estado de exclusão lhe foi dado como condição. Para dizer o que quer e o que precisa, ele grita seus problemas, relembra momentos em que a vida lhe foi mais potente e até feliz, protesta e abusa da licença da loucura e do próprio teatro para falar sobre amor e vida.

SUPER DISPONÍVEIS – Carolina Ferman e Lulu Carvalho (RJ)
Comédia/palhaçaria com concepção, dramaturgia, figurino, produção e estrelada por Carolina Ferman e Lulu Carvalho. Classificação indicativa livre.
Duas mulheres tentam aprovação em um teste de elenco através de suas habilidades: a primeira com sua simpatia, flexibilidade e versatilidade. A segunda com sua sensualidade e inabalável autoestima. Diante de suas tentativas, encontram problemas em não atingir o ideal da atriz procurada.

– 23 de outubro:
TEORIA DE TUDO – Coletivo Instrumento de Ver (DF)
Circo/dança com texto e interpretação de Julia Henning e direção Maíra Moraes.  Cantora: Gabi Corrêa. Classificação indicativa livre.
Como se comunicar a partir do corpo? Transitando entre o circo e a dança, Julia Henning traz para a cena a curiosidade e a vontade de entender tudo ao mesmo tempo, utilizando o que está ao seu redor. A criação evoca as relações entre todas essas coisas para evidenciar a fragilidade e o risco das relações.

DOLORES – Érica Rodrigues (DF)
Palhaçaria/performance criada pela interprete Érica Rodrigues. Classificação indicativa 12 anos.
Dolores Paz entra em cena poderosa e cheia de si e inicia um strip-tease completamente desajeitado. Sensual e estranha, Dolores instiga a plateia a gritar elogios perante sua imagem, trazendo à tona o questionamento: é elogio ou é assédio?

MADAME FRODA EM: MÚSICA CLÁSSICA – Ana Luiza Bellacosta (DF)
Palhaçaria criada, dirigida e interpretada por Ana Luiza Bellacosta. Classificação indicativa livre.
Uma musicista desconhecida nacional e internacionalmente fará sua primeira apresentação pública, com um repertório de músicas clássicas, ou melhor, que ela considera músicas clássicas. Permeando vários estilos musicais com suas flautas, Madame Froda interage com o público com sua irreverência, sua falta de tato com os instrumentos e seu desejo de tocar pela primeira vez uma música clássica ao vivo.

MATADOR DE SANTAS – Carranca Coletivo (RJ)
Comédia dramática com texto de Jô Bilac, direção e adaptação de Roberto Lima e Eduardo Gama. Elenco: Juracy de Oliveira e Thiago Carvalho. Classificação indicativa livre.
Um assassino à solta. Uma mulher paranoica. Um detetive indignado. O medo é o gatilho que dispara todas as neuroses e patologias. Ela quer proteção e o outro não a ouve. Até que ponto o que achamos ser verdade existe ou é real?

– 24 de outubro:
O NUNCA JAMAIS IMAGINADO – Jansen Castellar (RJ)
Monólogo com texto de Alonso Zerbinato, dirigido por Bárbara Abi-Rihan, idealizado e interpretado por Jansen Castellar. Classificação indicativa: 14 anos.
Um ator narra seu próprio cotidiano. Mas a que tempo pertencem essas memórias? Um presente vivo, um passado distante ou uma projeção de algo que nunca existiu? A vaidade põe em contraponto essência e aparência.

NÃO PODE BEIJAR AQUI – Grupo Circo Di SóLadies (SP)
Palhaçaria criada e interpretada pelo grupo paulistano. Elenco: Kelly Lima, Tatá Oliveira e Veronica Mello. Classificação indicativa livre.
Durante a apresentação de um número clássico, duas bailarinas se encontram no amor, porém isso desperta o tradicional preconceito. Seriam elas capazes de quebrar os tabus?

MACACOS – Cia do Sal (SP)
Teatro-denúncia idealizado por Clayton Nascimento e Ailton Graça (interprete). Classificação indicativa: 14 anos.
Um monólogo sobre racismo no Brasil, que se desenrola num fluxo de pensamentos, desabafos e elucidações que surgem em cena, passando pela história do país até chegar aos relatos e estatísticas atuais dos jovens negros presos ou executados.

FUMAÇA! – Daniel Satin (Colômbia)
Palhaçaria dirigida e interpretada por Daniel Satin. Classificação indicativa livre.
Satin tem viajado pelo mundo, levando os grandiosos e misteriosos aprendizados, poderes herdados de seus ancestrais: incríveis habilidades na arte da magia e do faquirismo. Mas ele leva consigo um grande mistério pelo qual toda plateia fica em sua cadeira, sem se mexer, só para saber… O que se esconde na misteriosa caixa preta?

Dica:
Breves Cenas de Teatro
De 22 a 24 de outubro, às 20h
Local: CAIXA Cultural Brasília
Entrada gratuita
Classificação indicativa: 18 anos
Mais informações: 3206-6456 – 3206-9448